Edmund Hooper vive em uma grande casa vitoriana com seu pai viúvo. Com a chegada da nova governanta e seu filho, o educado e solícito Charles Kingshaw, Hooper não poderia se sentir mais descontente. Ao mesmo tempo que tenta demonstrar ser superior a Kingshaw, Hooper faz de tudo para mantê-lo sob seu comando. Kingshaw, que possui forte fibra moral, não está disposto a ser mandado por Hooper. Logo os dois jovens estão disputando território longe do alcance de seus pais, sem que nenhum dos dois saibam o que acontece nos cantos escuros da velha mansão.
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Eu Sou o Rei do Castelo, de Susan Hill, foi originalmente publicado em 1970 e pertence à mesma categoria literária de obras, dadas as devidas proporções, como Quando os Adams Saíram de Férias, Mendal W. Johnson, e A Garota da Casa ao Lado, de Jack Ketchum. Crianças que possuem um gênio complexo, que, quando não estão sendo vigiadas, dão vazão aos seus sentimentos perigosos.
Se você já leu o livro ou está procurando motivos para lê-lo, a Macabra reuniu cinco filmes que tem algum elemento em comum com a obra de Susan Hill.
Os Segredos do Castelo
We Have Always Lived in the Castle, 2018 // Apesar de as duas obras terem a palavra castelo no título e serem de grandes autoras do século XX, ambas não têm ligação direta. Porém, há algo nos elementos de Os Segredos do Castelo que podem agradar àqueles que gostaram do livro de Susan Hill. Adaptado do livro Nós Sempre Vivemos no Castelo, de Shirley Jackson, Os Segredos do Castelo apresenta a história de duas irmãs, Merricat (Taissa Farmiga) e Constance Blackwood (Alexandra Daddario). Por causa de um acontecimento do passado, as duas não são muito queridas na cidadezinha onde vivem, e acabam passando seus dias na propriedade da família. Aos poucos vamos desenrolando os segredos dessa família e o que há de tão obscuro no passado dos Blackwood.
O elenco ainda conta com Crispin Glover e Sebastian Stan. A paisagem bucólica de um interior decadente aliado à extrema sensação de hostilidade iminente faz do filme dirigido por Stacie Passon um prato cheio aos fãs de Eu Sou o Rei do Castelo.
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O Anjo Malvado
The Good Son, 1993 // Quando Mark (Elijah Wood) é enviado ao Maine para ficar com seus tios após a morte de sua mãe, enquanto seu pai viaja a negócios, todos esperam que a mudança de ares vá fazer bem ao garoto. Melhor ainda: seu primo Henry (Macaulay Culkin) tem a mesma idade que ele, então talvez eles façam uma amizade e pode ser que Mark se distraia um pouco. Os problemas começam, porém, quando Henry começa a mostrar sua verdadeira e terrível face a Mark. Violento beirando a psicopatia, Mark se torna cada vez mais preocupado com a presença de Henry.
Dirigido por Joseph Ruben, o filme teve o roteiro escrito pelo grande autor inglês Ian McEwan que, após o sucesso de sua obra A Criança no Tempo, foi procurado pela 20th Century Fox para escrever um roteiro sobre crianças malignas — e, quando tratamos de crianças más, O Anjo Malvado é um forte concorrente a vencedor.
Caso 39
Case 39, 2009 // Crianças malignas estão no imaginário do terror desde que o gênero começou a dar seus primeiros passos — antes mesmo do cinema, a literatura já lidava com esse tema. Mas pior que uma criança psicopata é uma criança com poderes assustadores. Sempre há a dúvida: essa criança está mesmo fazendo isso, ou é apenas uma série de coincidências? No caso de Emily Jenkins (Renée Zellweger), logo ela descobriu da pior forma que era realmente a criança o problema. Ao tentar salvar a jovem Lilith (Jodelle Ferland) de seus pais abusivos, Emily, uma assistente social, se apega à garotinha e acaba a adotando. Mas, conforme todos os que ama começam a ter finais trágicos, Emily passa a desconfiar que há algo errado com a jovem.
Claro que, se Emily soubesse o que sabemos, o nome Lilith, aliado a todos os acontecimentos estranhos que cercam a garota, poderia ser uma grande red flag nessa adoção. Mas vamos dar um desconto a ela. Dirigido por Christian Alvart e escrito por Ray Wright, o filme ainda conta com Ian McShane e Bradley Cooper no elenco.
A Mulher de Preto
The Woman in Black, 2012 // Susan Hill é uma autora muito celebrada por suas obras macabras. Um de seus trabalhos mais conhecidos, A Mulher de Preto, ganhou filme em 2012, dirigido por James Watkins e protagonizado por Daniel Radcliffe. No filme, que teve sua história alterada para as telas, o advogado Arthur Kipps (Radcliffe), após a morte de sua esposa no parto de seu filho Joseph, é enviado ao interior da Inglaterra para lidar com os documentos da mansão Eel Marsh House após a morte de sua dona, Mrs. Drablow. Mas, chegando lá, Kipps acaba descobrindo que o local guarda muitos segredos.
As duas obras de Susan Hill podem ter elementos muito diferentes, mas isso só demonstra como a autora tem uma competência literária abrangente. Se você tem interesse em conhecê-la além de Eu Sou o Rei do Castelo, o clima do filme A Mulher de Preto pode ser um bom começo!
Eu Sou o Senhor do Castelo
Je suis le seigneur du château, 1989 // Eu Sou o Rei do Castelo também ganhou uma adaptação. Dirigida por Régis Wargnier, Edmund teve seu nome trocado para Thomas, e difere em alguns pontos do romance de Hill. Principalmente pelo subtexto no relacionamento entre Thomas e Charles que, no filme, é mais próximo de um relacionamento homoerótico do que exatamente de guerra entre ambos os garotos, enquanto no livro, a relação de ambos é tensionada entre uma amizade (um pouco doentia e ciumenta) e a inimizade, mas não deixando pistas sobre um afeto mais profundo entre eles.
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