Se você tem acompanhado as novidades do cinema brasileiro de terror, certamente já ouviu falar dela. Gabriela Amaral.
Ela começou a se destacar no cenário audiovisual com o curta de drama A Mão Que Afaga (2012), premiado no Festival de Gramado e indicado ao Grande Prêmio do Cinema Brasileiro. Em 2018 ela apresentou aos espectadores brasileiros seu primeiro longa, O Animal Cordial, o thriller que arrebatou críticas positivas em todos os aspectos, da direção ao cenário. Agora ela retorna aos cinemas com A Sombra do Pai, seu novo trabalho.
Mestre em literatura e cinema de horror pela UFBA (Brasil) e especializada em roteiro pela Escuela Internacional de Cine y TV (EICTV) de Cuba, Gabriela Amaral se tornou roteirista, dramaturga e diretora. A paixão pelo cinema de gênero surgiu cedo, e ela vem se destacando cada vez mais no meio, trazendo sua bagagem, voz e visão para elevar a qualidade das produções brasileiras.
Conversamos com Gabriela Amaral sobre sua carreira e projetos para produzir uma matéria especial aqui na Macabra em breve, mas também descolamos uma lista muito especial com a diretora: os sete filmes que a inspiraram profissionalmente, e que ela já perdeu a conta de quantas vezes assistiu.
Veludo Azul
Blue Velvet, 1986, de David Lynch // Um dos maiores clássicos de David Lynch (também criador de Twin Peaks) começa com um homem que retorna à cidade natal após longo período fora, e descobre uma orelha humana decepada no jardim. Insatisfeito com a investigação policial que se desenrola, ele e a filha do detetive encarregado começam a averiguar o caso por conta própria. Coisas estranhas começam a acontecer…
Os Pássaros
The Birds, 1963, de Alfred Hitchcock // Hitchcock é uma constante na carreira de Gabriela, e um dos seus maiores clássicos não poderia faltar. O filme conta a história de Melanie Daniels (Tippi Hedren), uma bela e rica socialite que se interessa pelo advogado Mitch Brenner (Rod Taylor). Depois do encontro ela decide ir atrás dele em uma cidadezinha da Califórnia onde Mitch costuma passar os finais de semana. Lá, o pânico começa: milhares de pássaros se instalaram na localidade e começam a atacar as pessoas.
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Mensageiro do Diabo
The Night of the Hunter, 1955, de Charles Laughton // O reverendo Harry Powell (Robert Mitchum) é um misterioso pastor que anda por aí com as palavras “ódio” e “amor” tatuadas nos dedos. Ele percorre o interior dos Estados Unidos aplicando golpes e deixando um rastro de viúvas mortas pelo caminho. Depois de cumprir pena, começa a aterrorizar uma família que pode esconder um grande tesouro.
Imitação da Vida
Imitation of Life, 1959, de Douglas Sirk // “É um melodrama, mas cito aqui pelo alto teor de opressão que as escolhas dos personagens os fazem viver”, diz Gabriela. Lora Meredith (Lana Turner), uma atriz viúva, perde sua filha na praia. Quem a encontra é Annie Johnson (Juanita Moore), que acaba sendo contratada como governanta. Ao longo dos anos, as duas mulheres estabelecem uma sólida amizade enquanto lidam com os problemas das suas filhas.
Sirk é um diretor genial: a prisão dos desejos de seus personagens é o que mais me interessa nos seus filmes, que transcendem a estrutura que é também fonte de inspiração de suas histórias. — Gabriela Amaral
A Sombra de uma Dúvida
The Shadow of a Doubt, 1943, de Alfred Hitchcock // A jovem Charlie (Teresa Wright) está entediada com sua vida pacata em casa, e quer novas aventuras para passar o tempo. Eis que o viajado e charmoso tio Charlie Oackley (Joseph Cotten) chega em casa para visitar sua mãe, e começa a agir de forma estranha. A menina desconfia que ele possa ser um assassino de mulheres ricas.
O Bebê de Rosemary
Rosemary’s Baby, 1968, de Roman Polanski // Clássico de Polanski, e repleto de curiosidades em sua produção, O Bebê de Rosemary é baseado no livro de Ira Levin e ganhou uma legião de fãs ao longo dos anos. No filme, Rosemary (Mia Farrow) e Guy Woodhouse (John Cassavetes) se mudam para um novo prédio, e seus vizinhos estranhos começam a dar as caras. Ao engravidar, Rosemary sofre com alucinações e neuroses que a levam para um lugar muito obscuro.
Os Fantasmas se Divertem
Beetlejuice, 1988, de Tim Burton // Gabriela é enfática ao colocar o filme de Tim Burton na lista: “a cena musical à mesa é a coisa mais fantástica do universo!”. Você lembra do filme, não é? Depois de morrerem em um acidente de carro, Bárbara (Geena Davis) e Adam (Alec Baldwin) se encontram presos no plano terreno, assombrando sua antiga casa. Quando uma nova família e sua filha adolescente, Lydia (Winona Ryder), mudam para a residência, o casal de fantasmas tenta, sem sucesso, assustar os novos moradores. Mas aí acabam atraindo Beetlejuice (Michael Keaton), um espírito espalhafatoso cuja ajuda se torna perigosa para os três.
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Curtiu a lista de filmes da Gabriela Amaral? Acompanhe as produções da cineasta e não deixe de assistir A Sombra do Pai, em cartaz nos cinemas.