A DarkSide Books anunciou o lançamento do livro Mexican Gothic, de Silvia Moreno-Garcia, para o público brasileiro. Na obra da romancista mexicana canadense, Noemí Taboada, uma jovem socialite recebe uma carta misteriosa de sua prima, recém-casada, que está com medo de seu novo marido. Ela parte para a mansão que é o novo lar de sua prima e lá desvenda terríveis segredos. Em uma trama repleta de elementos góticos tradicionais, mas com o cenário do México dos anos 1950, o livro é ansiosamente aguardado no Brasil, e uma adaptação já está em desenvolvimento pelo canal Hulu, com produção de Kelly Ripa e Mark Consuelos.
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O México é um país com uma cultura vasta e colorida, cheia de símbolos, povos antigos e tradições únicas. Com a ajuda do site Atlas Obscura, selecionamos dez destinos no México que dão arrepios mas adoraríamos conhecer.
A Ilha das Bonecas
Se você sofre de pediofobia, a famosa fobia de bonecas e seres inanimados que se parecem com humanos, você deveria se manter longe dessa ilha. Com centenas de bonecas decapitadas, em decomposição, penduradas em espetos e árvores… Só de pensar já parece assustador. A história do local não é menos tenebrosa: cerca de cinquenta anos atrás, Don Julian Santana se mudou para uma ilha no canal Xochimilco, no lago Teshuilo. Lá, havia a história de uma garotinha que foi afogada. Ao imaginar essa situação, Don Santana resolveu dedicar sua vida à honra da pobrezinha, fazendo um tipo de santuário no local com todas essas bonecas.
Museu das Múmias de Guanajuato
Quem não gosta de múmias? Em Guanajuato há um museu só para elas. Durante os anos de 1865 e 1958, os habitantes da região pagavam altas taxas para que seus entes queridos permanecessem em seus túmulos. Quando falhavam no pagamento, esses entes eram despejados de suas tumbas. Por causa de uma combinação das condições do solo, umidade e temperatura, esses corpos mortos se tornaram mumificados com muita naturalidade e acabaram sendo mantidos em um ossuário do cemitério para caso os parentes os reivindicassem. Em 1894, com administração do local percebendo o que tinha em mãos, essas múmias acabaram sendo transformadas em um museu. Mesmo que a prática de despejo de defuntos tenha sido encerrada em 1958, o museu permaneceu, e até serviu de cenário para um filme de terror b em 1970: Santo Versus the Mummies of Guanajuato, estrelado pelo lutador de luta-livre Rodolfo Guzmán Huerta. Por serem mais naturais e sem preparativos, as múmias podem ser um pouco mais medonhas do que as que estamos acostumados a pensar.
Reserva da biosfera da borboleta monarca
Um parque com centenas de borboletas monarca vivendo soltas, passeando por aí. Localizado em Michoacán, transformado em Patrimônio Mundial da UNESCO, o topo da montanha é repleto de borboletas inofensivas, que vivem pousando nos turistas que passeiam por ali. Durante os meses de frio, as borboletas migravam do Canadá para o sul. Os entomologistas Fred e Norah Urquhart começaram a pesquisar a migração em 1940, com a ajuda de vários cientistas norte-americanos, mas quando elas chegavam no Texas desapareciam. Em 1975, o entomologista Kenneth Brugger viajou pelo México e descobriu onde as borboletas estavam escondidas. A reserva também é cercada por florestas de abetos sagrados e várias formas de vida.
As Múmias do Museu de El Carmen
Localizado na Cidade do México, antigamente o que era um mosteiro construído entre os anos 1615 e 1628 por freis Carmelitas, hoje se tornou um museu e abriga uma série de artigos religiosos. Em uma cripta abaixo do local, entretanto, podem ser vista 12 múmias em exposição. Os corpos foram deixados lá após a escola ter sido abandonada em 1861. As múmias foram encontradas pelo Exército de Libertação do Sul, durante a Revolta em 1910, quando o local era revirado em busca de tesouros do período monástico. Em 1929, as múmias foram postas em caixões com veludo vermelho. Em 2012 o local passou por uma reforma e as múmias passaram a ser expostas para visitação.
Museu Subaquático de Arte
Em Cancún você pode vivenciar uma experiência diferente: um museu subaquático. Um enorme coral artificial que pretende auxiliar à recuperação do ecossistema devastado. Criado pelo artista Jason deCaires Taylor e dirigido por Jaime Gonzales Cano, o projeto do museu reúne cerca de 400 esculturas de tamanho real que juntos formam um grande recife de corais. Suas três primeiras esculturas foram implementadas em janeiro de 2009 e se mostraram um grande sucesso. A ideia do museu é promover e aumentar a diversidade da vida marinha do local.
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Museu Nacional da Morte
Um museu que explora as relações dos povos mexicanos com a morte através da história. Localizado em Aguascalientes, o museu foi aberto ao público em 2007, após receber uma coleção da Universidade de Aguascalientes com vários itens sobre o assunto. Depois de anos de trabalho, a missão do museu se refinou e se tornou um lugar que pesquisa e reúne itens da iconografia da morte. O museu tem esculturas, pinturas, litografias e várias formas que trabalham essa representação da morte através de imagens.
Cemitério de Animais Cenote
Localizado em Tulum, restos de animais de não se sabe quando emergiram no segundo maior sistema de cavernas subaquáticas. Durante uma das explorações, um grupo de mergulhadores encontrou, em determinado local da extensão, diversos ossos de animais em meio a estalactites e formações rochosas, fossilizados ou não. Visitantes, após um certo treino, podem visitar o local e observar os restos de animais nas posições originais em que foram encontrados.
Deserto dos Leões
Sem um deserto e muito menos com leões, o Deserto dos Leões na verdade é o nome do primeiro parque nacional mexicano e do convento abandonado que se encontra no local. Localizada em uma floresta na região da Cidade do México, o local recebeu seu nome graças aos colonizadores espanhóis, que se surpreenderam com a quantidade de pumas que encontraram lá — e chamaram de leões. Aparentemente, os astecas não viviam na região, preferindo sempre regiões com água, como margens de lagos. Entretanto, com a chegada dos espanhóis, a população começou a ir até esses lugares, perto das florestas. Em 1606, a ordem Carmelita escolheu a floresta para construírem seu convento. Foi abandonado em 1810, parte pela destruição do local, parte pela guerra de Independência contra a Espanha. Várias são as lendas urbanas e superstições que são ditas sobre o Deserto dos Leões, devido ao seu passado e o abandono em que se encontra. Mas atenção: não é fácil chegar até lá. A forma mais fácil é contratar um táxi e combinar com ele a volta para casa. Mesmo que os pumas tenham ido embora, ainda há muita vida selvagem, como cobras, coiotes e raposas.
Museu da Medicina Mexicana
Localizado na Cidade do México, onde no século XVIII era o Palacio de la Escuela de Medicina, o museu abriga cópias em cera do que tem de mais gráfico e macabro da prática da medicina, como um homem em pleno grito durante uma cura absurda e medieval, um rosto coberto por tumores e bactérias devoradoras de genitais. Entretanto, a intenção do museu não é causar terror. A ideia é demonstrar a evolução da medicina hispânica. Mas, claro, não dá para não se impressionar. Se você gostou de ler os casos mais estranhos e cômicos em Medicina Macabra, esse museu é para você.
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A Caverna das Cobras Penduradas
A cobra-rato amarelo-vermelha é uma cobra que costuma caçar pequenos animais, como lagartos e roedores, geralmente sendo encontrada em florestas no México. Mas, em uma caverna em José María Morelos, perto da vila Kantemo, essas criaturinhas têm o costume engraçado — e aterrorizante, caso você tenha muito medo de cobras — de se pendurar no teto. A caverna na verdade é mais conhecida como “Caverna dos Morcegos”, graças a grande quantidade dos mamíferos voadores que habitam o lugar. Claro, a quantidade de morcegos é um prato cheio para as cobras que se alimentam deles, mas só aumenta o nível de combustível de pesadelo para nós, humanos. Como se não bastasse esse cenário de filme de terror, nesta mesma caverna é possível encontrar ainda alguns crustáceos albinos cegos convivendo tranquilamente.
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