Atividades paranormais andam em alta e Phasmophobia é responsável

Conheça Phasmophobia, o jogo de terror que explora locais mal assombrados e deixa os fãs na dúvida entre o que é real ou imaginário

O jogo de terror mais comentado deste maldito Halloween 2020 é, sem dúvida nenhuma, Phasmophobia. A produção indie e, por ora, apenas disponibilizada em acesso antecipado e no Steam, tem feito barulho entre criadores de conteúdo e streamers, não importando necessariamente uma predileção por terror ou um gosto pelo bizarro. A fórmula acessível, de fácil entendimento, e a cooperação entre até quatro pessoas, são alguns dos fatores que fizeram dessa caçada ao paranormal um verdadeiro fogo de palha ectoplasmática.

Como trata-se de uma obra ainda em pleno desenvolvimento, é importante pontuar suas arestas e limitações, algo que o terror, diga-se de passagem, lida como ninguém. A ideia dos desenvolvedores da Kinetic Games é justamente trazer seja lá quem resolver adentrar tais domínios malignos, para perto, aprendendo com os erros para, assim, lapidar essa arapuca fantasma. Os fóruns estão repletos de comentários e críticas construtivas. Certamente, a experiência final de Phasmophobia será uma diferente da que existe hoje.

O sucesso de filmes de terror como Atividade Paranormal ou REC conversam com Phasmophobia de várias maneiras. O interesse pelo desconhecido, pelo formato do falso documentário/material encontrado e a premissa tão simples de ser explicada, são elementos convergentes entre esses expoentes do terror dos últimos anos. Sim, ainda é cedo para incluir o trabalho da Kinetic Games neste seleto panteão maldito, mas acredito só ser mesmo questão de tempo para tal fantasma se fazer presente.

Até quatro exploradores podem adentrar domínios mal-assombrados. Uma casa na cidade, outra na fazenda e um colégio compõe esse escopo inicial, com mais cenários prometidos conforme a produção se aprofundar. Outro ponto decisivo: realidade virtual. Quem possui o abastado acessório, além de estômago e nervos de aço, pode se aventurar com essa camada extra de profundidade. O que faz de cada caçada algo bastante único, é a geração procedural de sustos e atividades paranormais. Dificilmente uma jogatina será como alguma outra, esteja você sozinho ou acompanhado.

Para lidar com um espírito maligno, conseguir provas de sua existência, classificá-lo da maneira correta e conseguir escapar com vida, é preciso seguir algumas regras prontamente. Há informações extras sobre a entidade específica (como, por exemplo, aversão a crucifixos ou, então, a sua repulsa por grupos no mesmo cômodo) e ter a sua disposição alguns equipamentos indispensáveis, separam os caçadores amadores dos mais experientes, afinal, o objetivo é mesmo conseguir um trocado com as gravações ou fotos do fantasma, seja ele um espírito, poltergeist, oni, dentre alguns outros. Com o dinheiro, mais equipamento poderá ser adquirido e é assim que a coisa segue.

São cinco minutos para conhecer o local, cômodo a cômodo, corredor a corredor, até que as manifestações aconteçam. Queda brusca de temperatura, alteração do sinal do EMF (o leitor de campo eletromagnético), marcas de mãos acusadas na luz ultravioleta ou respostas obtidas através da Spirit Box, apontam para o ser do além em questão.

Desrespeitar a presença sobrenatural pode render momentos verdadeiramente assustadores, dentro da ideia dos sustos e manifestações procedurais comentadas há pouco.

Não à toa, Phasmophobia tem despertado a curiosidade não só de aficionados pelo gênero, mas de quem procura uma experiência, cooperativa ou solo, intensa e, até certo ponto, diferente. O futuro parece promissor aos investigadores paranormais do jogo da Kinetic e nós da Macabra acompanharemos esse desenrolar maldito bem de perto.

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Apesar de não saber interagir com jovens, dedica quantidades insalubres de seu tempo ao entretenimento eletrônico, tal qual Fantasma na Máquina, e sua faceta macabra, a preferida, se faz razão para continuar. MACABRA™ - FEAR IS NATURAL.