Combinando a brutalidade e crueldade das relações humanas, Paula Febbe escreve sobre aquela parte feia da vida que geralmente não queremos ver, mas devemos: o horror está nas personalidades que nos cercam, no dia a dia, em situações rotineiras que, de repente, se transformam em um pesadelo.
LEIA+: PAULA FEBBE: “O MAIS IMPORTANTE DA ARTE É QUE A GENTE CONSIGA TRANSGREDIR.”
Vantagens que Encontrei na Morte do Meu Pai, livro de Febbe lançado pela DarkSide Books, acompanha uma mulher que, após o falecimento de seu pai, passa a nutrir e perpetuar abusos cotidianos sofridos. Febbe brinca com dilemas e contradições humanas. Uma história sobre luto, perda, traumas e desamparo paterno.
A Macabra convidou Paula Febbe para nos apresentar sete filmes que a inspiram.
Pulp Fiction: Tempo de Violência
Pulp Fiction, 1994 // As histórias de dois assassinos da máfia, um boxeador, um gângster, sua esposa, e mais uma série de figuras excêntricas e que caminham à margem da lei se entrelaçam em um dos filmes mais conhecidos e aclamados de Quentin Tarantino.
Para a autora: “Um filme transgressor e que teve um roteiro inovador”.
Dogville
Dogville, 2003 // Escrito e dirigido por Lars von Trier, Dogville acompanha uma mulher que, fugindo da máfia, encontra refúgio em uma cidadezinha. O acordo para que ela seja mantida é que ela trabalhe, livremente, para os habitantes. Entretanto, conforme eles descobrem que ela é uma fugitiva, mesmo que inocente, os acordos entre a mulher e a cidade vão ficando cada vez mais cruéis.
Para a autora: “Mudou tudo o que eu achava que o cinema podia ser”.
O Cheiro do Ralo
O Cheiro do Ralo, 2006 // O dono de uma loja de artigos usados compra itens de habitantes locais e desesperados, desempenhando jogos de poder e exercendo um certo tipo de domínio. Entretanto, quando compra um banheiro, algo começa a fazer com que ele perca o controle. Dirigido por Heitor Dhalia, o filme foi adaptado a partir do livro de Lourenço Mutarelli.
Para a autora: “Nunca houve filme nacional tão inovador quanto este”.
Encontros e Desencontros
Lost in Translation, 2003 // Escrito e dirigido por Sofia Coppola, um famoso ator de cinema e uma jovem recém graduada em filosofia em Yale se encontram em Tóquio. Ambos estão presos em situações desagradáveis de suas vidas pessoais, e acabam formando laços entre si.
Para a autora: “Mostra a melancolia que mora no que não é dito”.
O Silêncio dos Inocentes
The Silence of the Lambs, 1991 // Dirigido por Jonathan Demme e adaptado a partir do livro de Thomas Harris, conhecemos uma agente do FBI que está nos rastro de um assassino cruel. Para encontrá-lo, entretanto, ela terá que conversar e pedir ajuda a um serial killer ainda mais complexo e perigoso.
Para a autora: “Nunca houve um serial killer melhor nas telas do cinema”.
Réquiem para um Sonho
Requiem for a Dream, 2000 // O consumo de drogas e a visão romantizada do uso desenfreado levam quatro pessoas conectadas pela vida a um declínio completo. Dirigido por Darren Aronofsky, baseado no livro de Hubert Selby Jr.
Para a autora: “O filme que mais me incomodou na vida”.
Amadeus
Amadeus, 1984 // Antonio Salleri narra os acontecimentos, sucessos e detalhes da vida de Wolfgang Amadeus Mozart, a quem sentia inveja e ciúmes e alega ter assassinado.
Para a autora: “Mostra toda a negação de um homem frente às próprias questões”.
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O livro de Paula Febbe, Vantagens que Encontrei na Morte do Meu Pai, já está disponível para compra na Loja Oficial da DarkSide Books. Ouça também a playlist da autora no spotify. Comente este post com a Macabra no Twitter e Instagram.