Lançado sorrateiramente em 2023, Ninguém Vai Te Salvar pode ter passado despercebido por alguns fãs de terror. Apesar disso, ganhou destaque entre os favoritos do ano em sites especializados do gênero, como a Fangoria e Bloody Disgusting.
Um daqueles filmes que chega sem fazer alarde, mas conquista imediatamente sua cota de admiradores, Ninguém Vai Te Salvar foi dirigido por Brian Duffield, e conta a história de Brynn (Kaitlyn Dever), uma jovem que vive sozinha em um local afastado de sua cidadezinha. Percebemos, no início do filme, que há algo no passado de Brynn pelo qual ela se culpa (e do qual todos os habitantes da cidade também a culpam). Certa noite, Brynn acaba se deparando com uma invasão: um estranho ser acinzentado e gigante em sua casa.
Mas o que tornou esse filme tão querido? A Macabra listou alguns pontos interessantes sobre a produção de Ninguém Vai Te Salvar.
A Direção
A começar pela direção e redação do filme, que ficaram a cargo de Brian Duffield. O cineasta pode ser um nome bastante recente no meio, mas desde que começou, tem lançado várias produções no mínimo interessantes.
Como diretor e roteirista, foi responsável pelo também surpreendente Espontânea, de 2020, um divertido filme coming of age onde alguns estudantes do ensino médio estão literalmente explodindo. Dois amigos, interpretados por Katherine Langford e Charlie Plummer, precisam descobrir como sobreviver a esse caos.
Como roteirista, Duffield também entregou alguns filmes extremamente divertidos, como A Babá (2017), com os dois astros do terror jovem Judah Lewis e Samara Weaving; foi responsável pela história de Amor e Monstros (2020), filme pós-apocalíptico com Dylan O’Brien, corroteirizado com o diretor Matthew Robinson; e também escreveu a história e corroteirizou ao lado de Adam Cozad o filme Ameaça Profunda (2020), com Kristen Stewart e Vincent Cassel.
Mas não para por aí, pois Duffield também é produtor. Além dos filmes roteirizados e dirigidos por ele, Duffield se envolveu com a produção do sucesso O Urso do Pó Branco (2023), de Elizabeth Banks.
Ou seja, com um currículo recente mas tão cheio de histórias excêntricas, podemos esperar ainda muitas novidades de Brian Duffield.
Um roteiro bem pensado
Nós adoramos um filme de invasão alienígena. Sejam eles os mais clássicos, como Contatos Imediatos do Terceiro Grau (1977), Invasores de Corpos (1978) ou Sinais (2002), aos mais novos (e que deveriam ganhar mais atenção), como Ataque ao Prédio (2011) e A Vastidão da Noite (2019). E nós gostamos mais ainda quando os diretores e roteiristas não têm medo de acrescentar novas camadas à história.
Não queremos dar spoilers a você que ainda não viu o filme, mas podemos dizer que Duffield não teve medo nas escolhas que fez. Bem, ele pode até ter tido medo, mas foram escolhas muito acertadas que casaram de uma maneira especial com a ideia geral da produção. Da interação da personagem protagonista com os alienígenas às escolhas de falas (e dos silêncios), Duffield entrega uma história autêntica de invasão alienígena.
Efeitos Especiais
Para alguns, o melhor caminho é sempre esconder os antagonistas monstruosos dos filmes de terror ao máximo. Para outros, porém, olhar nos olhos do horror é muito mais eficaz quando se assiste a filmes de gênero. No caso de Ninguém Vai Te Salvar, a produção não teve medo de mostrar seu material. E, tudo isso, com uma equipe de peso.
Os responsáveis pelos efeitos especiais de Ninguém Vai Te Salvar foram os grandes do estúdio DNEG. Com mais de vinte anos de carreira e envolvidos em megaproduções como Oppenheimer, Velozes e Furiosos 10, Jurassic World: Domínio, as séries The Last of Us, Stranger Things e Gen V, entre tantos outros, a DNEG é, hoje, um dos maiores estúdios de animação e efeitos na indústria cinematográfica. A lista de trabalhos do estúdio é realmente imensa e de brilhar os olhos.
Para ajudar a entender as etapas que foram necessárias para se criar o visual final do filme, a equipe da DNEG lançou um vídeo no youtube fazendo algumas comparações entre as cenas — mas atenção! O vídeo tem alguns spoilers.
Recomendado por Stephen King
Se o próprio mestre do terror afirmou que o filme é “verdadeiramente único” e ainda disse que a produção é “brilhante, ousada, envolvente, assustadora”, quem somos nós para ir contra, né?
NO ONE WILL SAVE YOU: Brilliant, daring, involving, scary. You have to go back over 60 years, to a TWILIGHT ZONE episode called “The Invaders,” to find anything remotely like it.
Truly unique.— Stephen King (@StephenKing) September 25, 2023
*
O filme está disponível no streaming Star+. E você, já conferiu? Comente com a Macabra no Twitter e Instagram.