Mesmo se você não é adepto dos videogames, é muito provável que já tenha ouvido falar de Fortnite ou visto algumas referências ao jogo de multiplayer – mesmo sem saber do que se tratava. Febre mundial entre adolescentes e adultos, o jogo divide a opinião do público entre aqueles que condenam os aspectos viciantes e quem já veja isso como uma carreira. Neste post separamos alguns fatos bizarros sobre Fortnite.
Anunciado em 2011 mas lançado somente em 2017, Fortnite se tornou um sucesso instantâneo e hoje conta com cerca de 250 milhões de jogadores em todo o mundo. Claro que algo que mobiliza tantas pessoas irá gerar algum tipo de controvérsia, principalmente em quem o vê de fora.
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Altamente viciante, o próprio nome Fortnite implica um alto comprometimento de seus jogadores. Isso porque o estilo do jogo lembra muito Jogos Vorazes, em que os jogadores se enfrentam até o último sobrevivente. Nos modos mais difíceis, o objetivo é sobreviver por duas semanas inteiras. “Fortnite” é uma típica expressão inglesa que representa exatamente este período.
Na lista a seguir separamos alguns fatos bizarros que contribuem para o fascínio gerado por este universo:
1. Tem quem viva do jogo
Se os seus pais já te mandaram desligar o videogame para estudar, agora você tem um bom argumento: Ninja (Tyler Blevins), o jogador mais famoso de Fortnite afirma receber cerca de US$ 500 mil por mês para transmitir suas partidas via streaming. Claro que este é um caso entre centenas de milhões, mas já se tornou o objetivo de vida de muitos adolescentes.
2. Um adolescente ganhou US$ 3 milhões na Copa do Mundo de Fortnite
Esqueçam os times de diversos países e os grandes estádios de futebol: há uma Copa do Mundo para jogadores de Fortnite. No ano passado, Kyle Giersdorf, que no jogo se chama Bugha, faturou US$ 3 milhões ao vencer a competição. Aos 16 anos, o jogador afirmou que guardaria o dinheiro para investir no seu futuro e comprar uma mesa nova para jogar (prioridades dos gamers, né?). Depois disso, Bugha entrou para a lista da Forbes dos mais influentes com menos de 30 anos. Nada mau para um adolescente que passa seis horas diárias na frente do videogame.
3. Alguns pais já veem Fortnite como uma carreira
Com base nestes exemplos de adolescentes que faturam alto com o jogo, há pais que já enxergam nos controles do videogame uma possibilidade de carreira. Alguns deles pagam US$ 20 a hora para tutores de Fortnite que ajudem seus filhos a ganharem dinheiro com o jogo.
4. Mais dinheiro do que um filme da Marvel
Em abril de 2018, Fortnite fez mais dinheiro do que o filme Vingadores: Guerra Infinita no primeiro fim de semana de exibição. Durante o mês de abril, o jogo fez US$ 296 milhões, contra os US$ 250 milhões da Marvel no lançamento. Claro que ao longo de sua exibição o filme aumentou a receita, mas isso já mostra a força deste fenômeno do videogame.
5. Mais de meio bilhão de pessoas assistindo
Conhecido como “o jogo que quebrou a internet”, uma partida de Fortnite em março de 2018 reuniu 628 milhões de pessoas apenas para assisti-la. O motivo? Os envolvidos. Participaram: Ninja (o jogador que mencionamos antes), os rappers Drake e Travis Scott e o jogador de futebol americano Juju Smith-Schuster. Pra se ter uma ideia, a última final de Copa do Mundo de futebol registrou 517 milhões de pessoas assistindo pela TV ou streaming.
6. Já existe terapia pra quem é viciado no jogo
Enquanto alguns pais se orgulham do filho que fez milhões com o jogo, há aqueles que buscam ajuda para lidar com o vício dos jovens em Fortnite. E com razão. A Organização Mundial da Saúde (OMS) adicionou “transtorno de videogame” ao seu manual que classifica doenças internacionalmente.
Segundo Brad Marshall, que dirige uma clínica para vícios em internet na Austrália, entre 60% e 70% dos pacientes investem a maior parte de seu tempo com Fortnite, em comparação a outros jogos. Alguns jovens apresentam dificuldade para dormir, enquanto outras apresentaram queda no desempenho escolar a até mesmo acessos de raiva em casa.
No Canadá, alguns pais estão processando os desenvolvedores do jogo por contratarem psicólogos para intencionalmente causarem este vício nos usuários.
7. A dança da discórdia
Se você já viu uma pessoa dançando “flossing” agradeça (ou não) ao jogo. Os personagens podem fazer diferentes danças, mas esta viralizou não apenas no universo de Fortnite. Alguns jogadores de futebol adotaram os movimentos do “The Floss” (fio dental) para comemorar seus gols.
Só que a inserção destes movimentos rendeu um processo contra a Epic Games, responsável por Fortnite. Isso porque um aspirante a rapper conhecido como Backpack Kid faz a mesma dança em uma apresentação da cantora Katy Perry no Saturday Night Live, antes do jogo inserir estes movimentos. O processo envolveu os direitos autorais sobre o “The Floss”.
Uma escola em Devon, na Inglaterra, chegou a banir a dança porque eles entenderam que algumas crianças a usavam para intimidar outras no playground. A administração da escola também considera o “flossing” inapropriado por ser usado como uma comemoração após matar massivamente outros seres humanos (no jogo, claro).
8. Um professor fez uma prova sobre Fortnite
Mesmo sem saber muito sobre o jogo, um professor de química chamado Mike McCray fez uma prova para os seus alunos do ensino médio sobre Fortnite. Isso só aconteceu porque o professor fez um acordo com seus alunos de que se uma foto ganhasse 6.700 retweets ele faria a prova final sobre o jogo.
A foto não apenas atingiu este número, como chegou à marca dos 30 mil retweets. Depois disso, McCray teve que dar um jeito de misturar Fortnite com química no exame.
9. Originalmente o jogo seria mais sinistro
O design original de Fortnite era muito mais macabro do que a versão que chegou ao público. Digamos que os zumbis do jogo não passariam pela classificação indicativa de 12 anos.
A Epic Games decidiu optar por uma abordagem mais cartunesca porque na fase de testes os jogadores acharam o jogo muito sombrio. Como a ideia não era que Fortnite competisse com outros jogos de terror, os desenvolvedores preferiram deixar tudo mais colorido e adequado a audiências mais jovens.
10. Fortnite ajuda a preservar o planeta
Isso é possível porque o criador do jogo, Tim Sweeney, possui muitas terras no estado da Carolina do Norte, nos Estados Unidos. Mas o objetivo dele não é apenas aumentar suas posses. Ele compra os terrenos para preservar a vida selvagem do estado, em uma missão para manter a biodiversidade destas áreas, protegendo-as da fiação de energia elétrica, usinas de energia e construções em geral.
Ou seja, você pode se sentir bem ao comprar itens extra no jogo. Pelo menos parte do dinheiro está sendo utilizada para fazer algo de bom pelo mundo.
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