5 filmes que não são Evil Dead para amar Sam Raimi

É muito fácil amar Sam Raimi. Mas se você quer motivos além de Evil Dead para curtir a filmografia do diretor, aqui tem cinco obras incríveis que vão do suspense ao faroeste.

Sam Raimi é um dos cineastas mais queridos do terror e dono de uma criatividade lendária — afinal, quem nunca ouviu as histórias sobre os perrengues e gambiarras da gravação de Evil Dead? O diretor se tornou um tipo de figura paterna para aqueles que almejavam alcançar um lugar de destaque dentro do gênero, mas que não tinham por onde começar. A possibilidade de transformar um curta caseiro, feito com amigos da faculdade, em uma franquia de sucesso, era uma história de sucesso da qual os cineastas mais novos e de gerações futuras poderiam se espelhar.

Carinha de quem tá orgulhoso do que tá aprontando. (Sam Raimi no set de filmagem de Arraste-me para o Inferno, 2009)

LEIA+: GROOVY: 5 MOTIVOS PARA ASSISTIR A FRANQUIA THE EVIL DEAD

Mas apesar de ser um patrimônio cultural do terror, Raimi nunca quis ficar preso a um único gênero. Mesmo enquanto ainda trabalhava em Evil Dead, sua intenção era que cada filme fosse dentro de um gênero diferente. Apesar de não ter funcionado exatamente da forma como pretendia, logo Raimi viu portas abertas para encarar novos desafios.

A Macabra relembra outros cinco filmes desse cineasta tão querido nesses outros gêneros, passando do drama e do suspense aos filmes de super-heróis e faroeste.

Arraste-me para o Inferno

Drag Me to Hell, 2009 // Apesar de ser tido como um dos grande padroeiros do terror e ter produzido muitos filmes do gênero — o remake norte-americano de O Grito, por exemplo, foi produzido por Raimi, além de filmes como 30 Dias de Noite (2007) e O Homem nas Trevas (2016) —, Sam Raimi dirigiu poucos filmes nessa categoria (mesmo que sempre acabe flertando de uma forma ou de outra com ela). Um desses filmes foi Arraste-me para o Inferno, longa divertido de terror sobre uma mulher que acaba sofrendo uma terrível maldição após despejar uma senhora idosa de sua casa. 

O filme tem cenas memoráveis (algumas bem nojentas, outras completamente icônicas!) e momentos que só poderiam ter saído da cabeça de quem nos deu Evil Dead. Merece ser relembrado e reassistido. 

O Dom da Premonição

The Gift, 2000 // Cate Blanchett e Keanu Reeves protagonizam este que é um dos filmes menos lembrados de Sam Raimi, mas que merece uma chance. O Dom da Premonição conta a história de Annabelle Wilson (Blanchett), uma vidente que, com seus dons, é capaz de ajudar as pessoas a superarem momentos terríveis de suas vidas. Quando Jessica King (Katie Holmes) desaparece, a cidadezinha busca sua ajuda. Em uma teia de mistérios e onde ninguém é quem parece realmente ser, Annabelle pode correr um sério perigo tentando descobrir o que aconteceu com Jessica.

O Dom da Premonição talvez caia mais para o lado do suspense do que do terror propriamente dito, mas é um filme interessante de um dos cineastas mais queridos do gênero. Nessa incursão ao mundo do mistério onde o verdadeiro perigo não é sobrenatural, mas sim humano, Raimi se mostra competente mais uma vez.

Rápida e Mortal

The Quick and the Dead, 1995 // Mostrando que é um cara versátil e que pode lidar com qualquer gênero que aparecer pela frente — e que pode transformar qualquer história em algo muito a sua cara —, Sam Raimi dirigiu um faroeste protagonizado por Sharon Stone, que ainda contou com Russell Crowe, Leonardo DiCaprio e Tobin Bell (muitos anos antes de ser o famoso Jigsaw). Rápida e Mortal conta a história de Ellen (Stone), uma pistoleira desconhecida que chega a uma cidadezinha decadente com um sério propósito. Lá, entretanto, testemunhará uma disputa de tiros e segredos terríveis do passado dos habitantes. 

Rápida e Mortal pode não estar à altura de clássicos de John Wayne e Clint Eastwood, mas é divertido à beça. Stone está ótima no papel e as cenas são claramente inspiradas em diversos filmes do gênero. Raimi fez um bom trabalho. 

Darkman: Vingança sem Rosto

Darkman, 1990 // Sam Raimi, como boa parte dos nerds dos anos 1970 e 1980, é um cara que curte muito quadrinhos. Darkman foi seu primeiro filme de super-herói (ou anti-herói?). Feito a partir de uma história que ele escreveu inspirado nos clássicos filmes da Universal dos anos 1930, mas capturando a essência das histórias em quadrinho, Raimi criou o cientista Peyton Westlake (Liam Neeson), que descobriu uma forma de criar pele sintética (capaz somente de durar 100 minutos em exposição à luz). Depois que é deixado para morrer por uma gangue de criminosos após uma explosão de seu laboratório, Peyton assume a identidade de Darkman para buscar vingança.

O filme ganhou duas sequências ainda nos anos 1990, lançadas diretamente em vídeo: Darkman 2: O Retorno de Durant (1995) e Darkman 3: Enfrentando a Morte (1996). Uma curiosidade: Liam Neeson não retornou como Darkman em nenhum dos filmes posteriores; quem assumiu o papel, em seu lugar foi Arnold Vosloo, anos antes de ficar conhecido por seu papel como Imhotep nos filmes de A Múmia.

Homem Aranha

Spider-Man, 2002 // Quando o universo cinematográfico da Marvel ainda era um sonho distante e os filmes de super-heróis não inundavam os cinemas e streamings, Sam Raimi foi lá e adaptou um dos heróis mais queridos das histórias em quadrinho. O primeiro filme do cabeça de teia dos anos 2000, protagonizado por Tobey Maguire — e considerado por muitos a melhor versão do personagem —, foi entregue para Sam Raimi depois de uma batalha de mais de dez anos para que a adaptação saísse do papel. 

E a espera não foi em vão. Homem Aranha rendeu bons frutos e conquistou duas sequências, Homem-Aranha 2 (2004) e Homem-Aranha 3 (2007). 

*

E aí, qual dos filmes dirigidos pelo Sam Raimi — sem ser Evil Dead — é o seu favorito? Comente com a Macabra no Twitter e Instagram.

Compartilhe:
pin it
Publicado por

Acordo cedo todos os dias para passar o café e regar minhas plantas na fazenda. Aprecio o lado obscuro da arte e renovo meus pactos diariamente ao assistir filmes de terror. MACABRA™ - FEAR IS NATURAL.