Groovy: 5 motivos para assistir a franquia The Evil Dead

Mais de 40 anos após seu lançamento, Evil Dead continua uma potência do terror. Mas, se você ainda não assistiu aos filmes, não se preocupe: nunca é tarde. Confira 5 motivos para maratonar a franquia.

Cinco amigos, uma cabana isolada, um livro estranho e um final de semana arruinado por forças malignas. The Evil Dead — ou, como foi lançado no Brasil, Uma Noite Alucinante: A Morte do Demônio — foi uma história saída diretamente da cabeça de um jovem Sam Raimi, no final dos anos 1970. Com a ajuda de seus amigos Bruce Campbell e Rob Tapert, além de seu irmão Ivan, Sam nos presenteou com um filme tenso, assustador e completamente irreverente.

Pôster original de Uma Noite Alucinante: A Morte do Demônio (1981)

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Essas qualidades só se amplificaram ao longo dos anos, com as duas sequências originais do filme, Uma Noite Alucinante 2 (1987) e Uma Noite Alucinante 3 (1992). Mas os fãs ainda estavam sedentos por mais, e em 2015 Ash Campbell, protagonista dos três primeiros filmes, retornou em Ash vs Evil Dead (2015-2018). Nesse meio tempo, tivemos um remake, A Morte do Demônio (2013), diversos produtos derivados — de quadrinhos e livros a bonecos oficiais —, e um documentário focado nos fãs da franquia, Hail to the Deadites (2020). 

E agora, em 2023, estamos curiosos para conferir mais um capítulo dessa história: A Morte do Demônio: A Ascensão estreia dia 20 de abril nos cinemas brasileiros, com novos personagens e ameaças diferentes da história original.

Talvez o maior motivo para se assistir à franquia Evil Dead seja que ela é uma das maiores obras de terror de todos os tempos — aprovada por 9 a cada 10 fãs de terror. Mas se você ainda não está convencido e ainda não assistiu aos filmes, a Macabra te dá outros cinco motivos mais que justos para conferir essa saga;

Uma amizade inabalável

Rob Tapert, Bruce Campbell e Sam Raimi com o Oldsmobile Delta 88 que se tornou um clássico nos filmes dirigidos e produzidos por Raimi

Raimi, Rob Tapert e Bruce Campbell se conheciam desde jovenzinhos. E, desde essa época, nos anos 1970, já planejavam fazer filmes juntos. Eles faziam seus curtas e tinham suas histórias planejadas, mas eles queriam mais. E, quando chegou o grande momento, se depararam com o obstáculo que interrompe várias carreiras que poderiam ser de sucesso: a falta de grana. Fazer um filme custa muito dinheiro. Graças ao bom e velho boca a boca, Raimi e Campbell conseguiram juntar um pouco do dinheiro que precisavam.

Sam Raimi acima da van com o restante da equipe de produção
Bruce Campbell e Sam Raimi nas gravações de Uma Noite Alucinante: A Morte do Demônio

Ao longo da gravação, vários outros problemas apareceram. Mesmo assim, o trio trabalhou duro. Quando os obstáculos apareciam, eles davam um jeitinho. Os movimentos malucos de câmeras que vemos foram todos feitos pelo próprio Raimi, que se pendurou em todos os tipos de lugares para conseguir gravar. O carisma de Campbell como Ash também se tornou um dos grandes atrativos do filme. E nada disso seria possível sem a produção cuidadosa e atenciosa de Rob Tapert.

Rob Tapert, Sam Raimi e Bruce Campbell no início dos anos 1980

Mesmo com todas as dificuldades de se produzir um filme do tamanho de Evil Dead, Raimi, Tapert e Campbell transformaram essa experiência em uma das mais proveitosas possíveis, e conquistaram o coração de vários fãs — incluindo o próprio Stephen King, que assistiu ao filme em Cannes, em 1982, e fez a maior propaganda para eles. 

E mesmo depois de tantos anos, os três seguem produzindo filmes juntos. 

Uma produção alucinante

Bruce Campbell como Ash Williams em Uma Noite Alucinante 2 (1987)

Adolescentes e cabanas isoladas são uma fórmula fatal nos filmes de terror e que passamos a conhecer muito bem. Mas o que a maioria desses filmes não tem é: 1) Ash Williams; 2) um livro capaz de possuir a todos; e 3) uma ameaça que vem de dentro da própria cabana e que vai virar a vida desses jovens de cabeça para baixo — às vezes, literalmente.

O título em português de Evil Dead, Uma Noite Alucinante, resume muito bem um dos melhores aspectos da franquia: tudo o que acontece em Evil Dead, acontece demais e em um ritmo alucinado. É um filme de excessos, e isso é um mérito. Dos efeitos especiais à atuação dos atores e atrizes, os filmes se tornam mais assombrosos conforme eles avançam rumo ao final.

Bruce Campbell e Greg Nicotero nas gravações de Uma Noite Alucinante 2 (1987)

Livros malignos, gravadores amaldiçoados, deadites, um mal antigo e inominável, e até mesmo uma viagem a um passado alternativo e esquisito são apenas alguns dos elementos mais malucos que podem ser encontrados ao longo da franquia Evil Dead — em seus filmes e episódios da série derivada, Ash vs Evil Dead

Groovy

Bruce Campbell como Ash Williams em Uma Noite Alucinante 3 (1992)

Um dos maiores motivos de Evil Dead ter sobrevivido a todos esses anos — evocando burburinhos e desejos de continuações da franquia — e se tornado um sucesso cada vez maior é, sem dúvida, Ash Williams. O personagem interpretado por Bruce Campbell, que começa como um jovem tranquilo e é empurrado cada vez mais ao limite da sanidade até se tornar um cara completamente canastrão, se tornou um símbolo especial e querido da franquia.

Bruce Campbell como Ash Williams na série Ash vs Evil Dead (2015-2018)

Naquele fatídico fim de semana quando vai visitar uma cabana isolada com seus amigos, Ash Williams não imaginava que iria enfrentar seus piores terrores e que iria transformar sua vida em uma constante luta contra o mal — da mesma forma que Bruce Campbell nem sonhava que um papel, feito para o filme de seu melhor amigo de infância, o tornaria imortal na história do terror. Campbell pode ter atuado em diversos outros filmes, mas é com Evil Dead que nos apaixonamos por ele.

Gore para os estômagos fortes

Cena de Uma Noite Alucinante: A Morte do Demônio (1981)

Desde o primeiro filme, em 1981, até o final da série em 2018 — sem nos esquecermos, é claro, do trailer aterrorizante do novo filme, que estreia dia 20 de abril nos cinemas brasileiros —, Evil Dead sempre incomodou bastante aqueles que têm os nervos mais fracos.

Cena de Uma Noite Alucinante: A Morte do Demônio (1981)

Alguns podem considerar alguns dos efeitos especiais dos primeiros filmes um pouco datados, é inegável que sua qualidade seja impressionante. Todos feitos a partir da inventividade da equipe criativa e assumindo alguns riscos aqui e ali, os primeiros filmes de Evil Dead contém aquele charme que só os anos 1980 conseguem proporcionar: botar a mão na massa, espirrar bastante sangue falso nos atores e contar com a boa e velha gambiarra para transformar tripas falsas no mais realista possível.

Um remake de respeito

Jane Levy como Mia em A Morte do Demônio (2013)

Poucos filmes têm a vantagem de ter um remake que chegue aos pés do material original. Evil Dead, por sorte, é um deles. A Morte do Demônio, de 2013, dirigido por Fede Alvarez, não somente mostrou que é possível se basear em uma história antiga para contar uma nova história, como também provou que dá pra manter uma qualidade acima da média com personagens novos em uma franquia renomada.

Jane Levy como Mia em A Morte do Demônio (2013)

No filme de 2013, Mia (Jane Levy) é uma jovem que se recupera de um vício em drogas e viaja com seus amigos para uma cabana isolada. Fazendo as vezes de possuída e final girl, Mia não ocupa o lugar de Ash. Muito pelo contrário. Na verdade, ela mesma abre um próprio lugar na história de Evil Dead com uma serra elétrica barulhenta e sanguinária — do melhor jeitinho Evil Dead de ser. 

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E aí, preparado para maratonar a franquia antes do novo filme? Quais suas expectativas para A Morte do Demônio: A Ascensão? Comente com a Macabra no Twitter Instagram.

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Acordo cedo todos os dias para passar o café e regar minhas plantas na fazenda. Aprecio o lado obscuro da arte e renovo meus pactos diariamente ao assistir filmes de terror. MACABRA™ - FEAR IS NATURAL.