Wes Craven é um dos nomes mais inventivos e geniais do terror, e não é para menos: o cineasta se tornou sinônimo de sucesso ao emplacar duas franquias de filmes, em duas décadas distintas, entregando exatamente o que o público do gênero queria. Poucos cineastas foram capazes de fazer algo semelhante.
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Diretor, roteirista e produtor, Craven já fez pontas como ator e participou de variados processos na indústria cinematográfica. Começou na direção de filmes nos anos 1970, e seus primeiros filmes contavam com histórias brutais de assassinatos, abusos e violência, mas ficou conhecido nas décadas seguintes com longas que, aliados ao terror, traziam personagens e situações com um humor obscuro, casando muito bem com os momentos em que foram lançados.
Provavelmente você, fã macabro, já assistiu algum (ou todos) filmes do cara. Que tal se aprofundar um pouco mais, e completar a lista? Separamos 7 filmes entre os mais e menos conhecidos da carreira de Wes Craven que merecem uma chance.
A Hora do Pesadelo
A Nightmare on Elm Street, 1984 // É difícil falar do cinema de Wes Craven sem começar por A Hora do Pesadelo, um dos maiores clássicos do terror, início de uma das franquias mais importantes dos anos 1980 e de um dos antagonistas mais icônicos do gênero.
Na história, a jovem Nancy (Heather Langenkamp) vê seus amigos serem mortos um a um através de seus sonhos pela figura macabra de Freddy Krueger (Robert Englund). Logo, Nancy descobre quem é a criatura aterrorizante, e fará de tudo para detê-lo. Os terrores de Elm Street renderam seis sequências e um remake, além de uma série de TV e crossovers de Freddy com diversos outros personagens do terror, em várias mídias diferentes. Um clássico.
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Pânico
Scream, 1996 // Escrito por Kevin Williamson, se você não conheceu Craven por A Hora do Pesadelo, é muito provável que tenha conhecido através de Pânico, já que ambos os filmes são um marco de sucesso na história do terror.
No filme, Sidney Prescott (Neve Campbell) é uma jovem que está passando por uma barra depois de perder a mãe. Quando terríveis assassinatos começam a acontecer e seus amigos se tornam vítimas, Sidney descobre que há algo que a conecta com o assassino. Pânico também virou uma franquia, com quatro sequência, e um quinto filme planejado para 2023.
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As Criaturas Atrás das Paredes
The People Under the Stairs, 1991 // O jovem Fool (Brandon Adams) está com problemas em casa, vendo sua família quase sendo despejada, junto com todos os outros moradores do prédio, para que o lugar seja demolido e um edifício surja no lugar. Fool então, acompanhado de dois conhecidos, mais velhos, invadem a casa dos donos da região, dispostos a roubar um pouco de dinheiro para pagarem as contas.
O que eles não esperavam é que os moradores — interpretados pelos excelentes Everett McGill e Wendy Robie — fossem completamente surtados, com um segredo de arrepiar vivendo dentro das paredes daquele casarão, que mais parece uma armadilha mortal. Uma das grandes pérolas de Craven.
O Novo Pesadelo: O Retorno de Freddy Krueger
Wes Craven’s New Nightmare, 1994 // Após seis filmes de A Hora do Pesadelo, apresentando Freddy Krueger em diferentes contextos, Wes Craven resolveu fazer algo diferente: ele trouxe o pesadelo para a vida real. Com atores clássicos do primeiro filme, como Heather Langenkamp e Robert Englund interpretando a si mesmos, o filme apresenta um Freddy Krueger tentando entrar na realidade, saindo dos filmes.
O Novo Pesadelo apresenta algo que Craven faria dois anos depois com Pânico, que é brincar com ideias de filmes de terror, transformando a história em algo meio metalinguístico. Apesar de valer a pena assistir toda a franquia de A Hora do Pesadelo, O Novo Pesadelo merece uma atenção especial.
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A Maldição de Samantha
Deadly Friend, 1986 // Paul Conway (Matthew Laborteaux), um gênio da robótica, se muda com sua mãe para uma cidadezinha para entrar na universidade. Lá, ele se apaixona por sua vizinha, Samantha (Kristy Swanson). O pai de Samantha, porém, um homem abusivo e cruel, passa sua vida atormentando a garota.
Certo dia, após um acidente na vizinha, o pai de Samantha a empurra da escada, e a garota tem morte cerebral. Paul faz de tudo para salvá-la, colocando um chip de um de seus robôs na garota. Mas será que Samantha irá conseguir retornar ao normal? O filme não é o favorito de muitos fãs de Craven, mas tem muitas qualidades e ótimas cenas. Baseado no livro Friend, de Diana Henstell.
Benção Mortal
Deadly Blessing, 1981 // Em uma comunidade Hitita — que possuem um estilo de vida pouco moderno, semelhante aos Amish — Martha (Maren Jensen) se torna viúva quando seu marido, Jim (Douglas Barr), ex-membro da comunidade, é morto misteriosamente.
Agora, Martha precisa enfrentar os perigos da comunidade, que parecem ter um destino certo (e macabro) para ela. Outra pérola escondida entre os créditos de direção de Craven e que merece uma chance.
Quadrilha de Sádicos
The Hills Have Eyes, 1977 // O início da carreira de Craven foi marcado por filmes muito mais brutais do que ficamos acostumados, com Pânico e A Hora do Pesadelo. Exemplo disso foram os filmes Aniversário Macabro e Quadrilha de Sádicos, dois filmes com cenas violentas e marcados por cenas de abusos e torturas.
Neste último, acompanhamos uma família viajando pelo deserto da Califórnia, quando param para abastecer e recebem um aviso alarmante: permaneçam na estrada principal. Mais adiante, entretanto, a família decide pegar um atalho e acaba com o carro com problemas, parados no meio do nada. Lá, entretanto, uma faixa de testes nucleares, habita um grupo de sádicos que não se adaptaram bem à vida moderna. O filme recebeu uma sequência, Quadrilha de Sádicos 2 (1984), também dirigida por Craven, e um remake, Viagem Maldita (2006), dirigido por Alexandre Aja.
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