Lon Chaney surpreendeu o mundo com suas transformações e maquiagens que desafiavam os padrões. Ele foi lobisomem, corcunda, vampiro, palhaço, fantasma, homem, mulher. De sua interpretação emocionante do azarado e incompreendido Quasimodo em O Corcunda de Notre Dame (1923) ao seu rosto icônico em O Fantasma da Ópera (1925), Chaney encantou o público e deixou seu trabalho falar por ele — tanto na frente quanto atrás das câmeras.
“O Homem de Mil Faces”, como ficou conhecido, era um mago inovador da maquiagem e aterrorizava o público com criações macabras e bem construídas que deram força a suas obras. Pioneiro no ofício de maquiador, Lon Chaney usou sua experiência para se esconder e encantar. Por volta da década de 1930, seu talento e criatividade o tornaram uma estrela internacional, mas ele optou por manter a vida pessoal privada. Raramente dava entrevistas ou participava de eventos, e preferia não ser fotografado sem suas maquiagens. Um homem misterioso e quase intangível fora das telas, inteiramente dedicado à sétima arte.
A motivação de Chaney foi impressionante, e suas habilidades como maquiador, junto de sua disposição de se expor a extremos físicos dolorosos para encarnar muitos de seus papéis, combinaram-se a fim de torná-lo um dos artistas mais talentosos de sua época. Conhecer a história de Lon Chaney é também se aprofundar na história do cinema e aprender mais sobre este artista seminal que influenciou não só o horror, mas os mais variados comediantes e humoristas, aqui e lá fora, de Jerry Lewis a Jim Carrey, de Chico Anysio a Didi.
Na biografia em quadrinhos Fala Comigo, Lon Chaney, o quadrinista Pat Dorian se debruça nos poucos registros de vida desse artista para contar a história de uma mente criativa e admirável, e faz um trabalho fantástico ao preencher lacunas — da infância à vida adulta — com critério e ternura.
Esta obra de tirar o fôlego é um lançamento especial da Macabra Filmes em parceria com a DarkSide® Graphic Novel. O selo expande o universo sombrio e fantástico da DarkSide® Books, lar de Charles Burns, Dave McKean, Nagabe, Junji Ito, Kate Evans, Landis Blair, Eric Powell e outros grandes nomes dos quadrinhos.
Uma homenagem nostálgica e espirituosa a um grande ator, que influenciou muitas gerações de comediantes e humoristas, chegando até os dias de hoje, e que também reverencia os tempos do cinema mudo em que Lon Chaney construiu sua carreira artística, este lançamento vai encantar os fãs do cinema, dos quadrinhos e das artes visuais. Acomode-se na poltrona. O filme acaba de começar.
“Sou fã de filmes da década de 1920 e, portanto, esta graphic novel é um sonho tornado realidade: uma biografia empática, animada e bem pesquisada de um ícone da tela que assombrou minha infância. Lon Chaney era totalmente devotado — imerso e talvez engolido por sua arte. Esta história fascinante é contada com amor, repleta de detalhes e com acenos para desenhos clássicos por toda parte.” — Ivan Brunetti, autor de Cartooning: Philosophy and Practice.
“Dorian evoca a personalidade de Chaney em cenas ricamente detalhadas, ainda mais impressionantes pelo fato de uma nota introdutória enfatizar que a extrema aversão de seu sujeito a divulgar detalhes de sua vida privada, o que exigiu que esta fosse ‘uma biografia imaginada’ e inspirada em eventos e pesquisas reais.” — Library Journal.
“Dorian tem um estilo atraente e alegre, suas linhas ousadas […] aprimoram cada capítulo com uma única cor — rosa sangrento, violeta estridente, verde gélido — de uma maneira que lembra os filmes P&B digitalizados com diferentes matizes. […] Uma introdução suntuosa ao mais surpreendente dos esquisitos, para quem os tormentos do corpo expressavam o que a voz não conseguia.” — New York Times.
“Ele era alguém que representava as nossas psiques […] e foi capaz de descobrir alguns de nossos medos secretos e colocá-los na tela. A história de Lon Chaney é a história de amores não correspondidos.” — Ray Bradbury, autor de Fahrenheit 451.
“Lon Chaney foi minha introdução à atuação. A concentração, a absorção completa que ele deu à sua caracterização. […] observá-lo me deu o desejo de ser uma atriz de verdade.” — Joan Crawford, companheira de cena de Lon Chaney em O Monstro do Circo (1927).
“Lon Chaney era muito mais do que um maquiador. Ele era um ator de grande poder e enorme eloquência.” — Orson Welles, diretor de Cidadão Kane.
Pat Dorian é designer e animador norte-americano. Leciona na School of Visual Arts e no Pratt Institute, ambos em Nova York, e já trabalhou em projetos de animação para o Cartoon Network e Comedy Central. Suas ilustrações apareceram nas revistas New Yorker e Mad, e no New York Times, entre outras publicações. Fã de Lon Chaney, Dorian escreveu um miniquadrinho sobre o artista e arrebatou um prêmio de excelência no Mocca Arts Festival. Com isso, desenvolveu Fala Comigo, Lon Chaney, sua primeira graphic novel. Saiba mais em patdorian.com.
Fala Comigo, Lon Chaney já está disponível na Loja Oficial da DarkSide Books.