Mas e os filmes inspirados em jogos de terror?

Geralmente, as adaptações de games não são muito bem vistas pelo público. Mas ainda existem algumas exceções que valem a pena conferir.

Desde tempos de Super Mario Bros. e Street Fighter nos cinemas, videogames ficaram fadados ao total repúdio das adaptações. Houve exceções: o Mortal Kombat dirigido por Paul W.S. Anderson é bastante querido até hoje (e há um filme novo a caminho!), mas onde entra o terror nisso tudo?

A franquia Resident Evil se provou extremamente rentável nos cinemas (também sob direção de Paul W.S. Anderson, veja só você), angariando bilheterias milionárias em suas seis iterações. O primeiro Silent Hill, aqui nos nossos lados intitulado Terror em Silent Hill (de 2006 e dirigido por Christophe Gans), também tem seu séquito de fãs.

Partindo do anúncio recente do próprio Gans de que um novo filme inspirado na franquia Silent Hill está a caminho, Macabra decidiu olhar para a sétima arte em retrospecto, chafurdar e ponderar — será que há filmes verdadeiramente bons inspirados em jogos de terror?

Sim, há!

Antes, vamos esquecer de atrocidades cometidas pelo diretor alemão Uwe Boll (e que ele não chegue até este texto, pois o sujeito não curte críticas as suas obras). Depois de espinafrar The House of the Dead com sua versão cinematográfica em 2003 (e que gerou uma continuação em 2005), quase acabar com a carreira de Christian Slater no Alone in the Dark: O Despertar do Mal de 2005, atacou (e por três vezes!) a franquia de vampiros da Terminal Reality, BloodRayne — e com elenco estelar no primeiro filme, ninguém menos que Kristanna Loken, Ben Kingsley e Michelle Rodriguez.

Deixando esse mau agouro de lado, vale pontuar o ótimo (e quase indie) Siren, inspirado na franquia homônima da Sony nascido no PlayStation 2. Trata-se de um horror um tanto folclórico, com uma perspectiva diferenciada ao morto-vivo (ou melhor, shibito, algo como “pessoa morta” do original em japonês). De 2006 e dirigido pelo bastante prolífero Yukihiko Tsutsumi, serviu como ponto entre o primeiro e segundo jogos.

Outro que merece posição de destaque é a adaptação livre da franquia Fatal Frame aos cinemas. Sem se basear em nenhum dos jogos de Makoto Shibata e Keisuke Kikuchi, a produção dirigida por Mari Asato (grande nome do j-horror: assista também Bilocation e Ju-on: Black Ghost) acompanha a estudante Michi. Num reformatório só para garotas, ela investiga o misterioso desaparecimento de colegas de classe. E elo entre o filme e os jogos é a Câmera Obscura, capaz de exorcizar espíritos.

Enquanto o próximo capítulo do universo de Fatal Frame não chega aos videogames (o último foi Maiden of Black Water de 2015, para Wii U), vale antecipar a nova adaptação cinematográfica, anunciada por Gans juntamente ao filme de Silent Hill.

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Apesar de não saber interagir com jovens, dedica quantidades insalubres de seu tempo ao entretenimento eletrônico, tal qual Fantasma na Máquina, e sua faceta macabra, a preferida, se faz razão para continuar. MACABRA™ - FEAR IS NATURAL.