Uma família ameaçada por assombrações descobre que nada é por acaso: há realmente uma força que os liga à entidades malignas, e quanto antes eles aprenderem a lidar com isso, melhor.
Criada por Leigh Whannell no final da década de 2000, Sobrenatural se tornou uma franquia duradoura. Depois de treze anos de seu primeiro lançamento, a série de filmes continua com novos filmes e planos para os anos vindouros. Além disso, ao contrário de outras produções longevas que perderam suas mentes criativas no meio do processo, Leigh Whannell e James Wan continuam sendo uma parceria constante ao longo desses cinco filmes (e um spin off planejado!).
Ao começar a contar a história que havia planejado, Whannell criou uma família para ser o alvo de entidades assombrosas, que logo se conectou com a audiência. Mas, sabendo aproveitar a qualidade de seus personagens, como o grande apelo que a médium Elise, de Lin Shaye, teve com o público, Whannell transformou o terceiro e quarto filmes da saga em prequels, contando novas histórias que se interligam, de diversas formas, à história principal da família Lambert.
Para se preparar para o novo filme da série, Sobrenatural: A Porta Vermelha, a Macabra fez uma retrospectiva dos outros filmes para que você se lembre da trajetória de Sobrenatural até aqui.
Sobrenatural
Insidious, 2010 // A família Lambert se muda para uma nova casa. Composta pelo pai, Josh (Patrick Wilson), a mãe Renai (Rose Byrne), e as três crianças do casal: Dalton (Ty Simpkins), Foster (Andrew Astor) e a nenê Kali (Brynn Bowie e Madison Bowie), tudo parece tranquilo. Até que, enquanto explorava o sótão, Dalton se assusta ao ver algo estranho no local, cai e bate a cabeça, entrando em coma. Durante três meses ninguém consegue emitir um diagnóstico sobre o que está acontecendo com o garoto, e as coisas em casa vão de mal a pior: estranhas aparições têm assustado seus moradores, situações inexplicáveis que deixam a família de cabelo em pé. Mesmo se mudando novamente, os fantasmas continuam perseguindo a família. Então, eles tentam procurar a ajuda de Elise Rainier (Lin Shaye), uma médium amiga da família, que pode ser a chave para explicar o coma de Dalton.
Filmado em apenas três semanas, com direção de James Wan e roteiro de Leigh Whannell, o filme acabou sendo um tipo de resposta de James Wan ao universo do cinema. Quando lançou Jogos Mortais, em 2004, ele sentiu que as pessoas ficaram um pouco reticentes em trabalhar com ele, por causa da violência e do gore explícitos. Então, com a oportunidade de trabalhar novamente com Whannell, que já rendeu tantos outros frutos, Wan acabou dirigindo Sobrenatural. O filme abriu com uma bilheteria de cerca de 13,3 milhões de dólares, com um orçamento de 1,5 milhão — seguindo um padrão de produção da Blumhouse, daquele período com orçamentos menores visando lucros maiores —, ficando em terceiro lugar no top das bilheterias em sua primeira semana de exibição.
Apesar da resposta um pouco morna dos críticos, Sobrenatural chamou a atenção de um séquito de fãs, que ficou mais interessado ainda com a mitologia criada pelos filmes seguintes da série.
LEIA+: A TRAJETÓRIA DA PRODUTORA BLUMHOUSE
Sobrenatural: Capítulo 2
Insidious: Chapter 2, 2013 // Depois dos acontecimentos que levaram aos momentos de terror da família Lambert na busca por ajudar Dalton, Renai está sendo questionada por policiais que investigam sua casa. Enquanto a investigação avança, a família Lambert se muda para a casa de Lorraine (Barbara Hershey), mãe de Josh. Enquanto isso, novos eventos sobrenaturais tomam conta da família, e Lorraine decide procurar os ajudantes de Elise, Specs (Leigh Whannell) e Tucker (Angus Sampson), para descobrir mais informações sobre esses acontecimentos.
No segundo capítulo da franquia, lançado cerca de três anos depois, e que segue os acontecimentos do primeiro filme, descobrimos mais algumas peças-chave sobre a mitologia criada por Leigh Whannell. O segundo filme segue sendo dirigido por James Wan, e fez um total de 41 milhões em sua semana de abertura, ficando no topo das bilheterias — com seu orçamento de 5 milhões. Apesar de uma bilheteria (e lucro) maior que o primeiro filme, a recepção dos críticos foi um pouco pior.
Ainda assim, havia muita história para ser contada de acordo com os planos de Whannell.
Sobrenatural: A Origem
Insidious: Chapter 3, 2015 // Três anos antes das assombrações da família Lambert começarem, Elise é procurada por uma jovem chamada Quinn (Stefanie Scott) para tentar um contato com sua falecida mãe. Apesar da tentativa, Elise avisa a Quinn para não continuar com esses planos, já que sentiu uma força maligna à espreita. Entretanto, mesmo assim, Quinn foi vista. Depois de um acidente em que a jovem foi obrigada a permanecer em casa, espíritos e forças obscuras começam a perturbar sua vida. Quando Elise se nega a ajudá-la, pois ela própria está sendo assombrada por algo de seu passado, o pai de Quinn (Dermot Mulroney) recorre a Tucker e Specs (antes de eles trabalharem com Elise), mas percebe que os dois são uma fraude. Então, Elise segue sendo a última esperança de salvar a sanidade da família.
Para o terceiro filme da franquia, Whannell assumiu, além do roteiro, a direção — já que James Wan estava ocupado com Velozes e Furiosos 7. Com um orçamento de 10 milhões, o filme teve uma bilheteria inicial de cerca de 23 milhões, e ficou em terceiro lugar nas bilheterias de sua semana de estreia. Lin Shaye, uma grande adição à franquia desde o primeiro filme, tomou conta da história e fez com que críticos gostassem mais dessa terceira empreitada do que do anterior.
Sobrenatural: A Última Chave
Insidious: The Last Key, 2018 // Elise tem tido pesadelos com sua infância no Novo México. Quando recebe um pedido de ajuda de Ted Garza (Kirk Acevedo), que está sendo assombrado em sua nova casa, a médium acaba se recusando. O local para onde Ted se mudou é o mesmo onde Elise foi assombrada quando criança. Temendo ser alvo novamente dessas assombrações, Elise acaba voltando atrás e indo ao encontro de Ted para ajudá-lo, junto de Tucker e Specs, seus ajudantes.
Quarto filme da franquia, acaba estando como segundo filme na ordem cronológica de acordo com a história. O filme foi dirigido por Adam Robitel — que dirigiu A Possessão de Deborah Logan (2014) e, posteriormente, dirigiu Escape Room (2019) e Escape Room 2: Tensão Máxima (2021) — e seguiu tendo Whannell como roteirista. O filme fez 29,3 milhões em sua semana de estreia, novamente com um orçamento de 10 milhões. Entretanto, com a bilheteria mundial arrecadada de cerca de 167,9, se tornou o filme da franquia com maior bilheteria até o momento.
A crítica seguiu sendo mista em relação ao filme, mesmo com diversos elogios ao trabalho de Lin Shaye.
Sobrenatural: A Porta Vermelha
Insidious: The Red Door, 2023 // Depois de alguns anos dos acontecimentos que levaram a família Lambert ao limite e os fizeram confrontar forças malignas, Dalton, agora, está indo para a faculdade. Em uma viagem para acomodar o filho, porém, Josh percebe que há algo errado. Fantasmas do passado retornarão para assombrar a família Lambert.
Com a direção de estreia de Patrick Wilson, os Lambert retornam ao foco da franquia Sobrenatural depois de dez anos. O filme estreia dia 06 de julho nos cinemas brasileiros e estamos curiosos para conferir como será esse retorno, além da estreia da direção de Wilson, que é, atualmente, um dos grandes atores queridos dentro do horror. Pelas imagens de divulgação, alguns fantasmas antigos e que já aterrorizaram os fãs da franquia estarão de volta. Confira o trailer abaixo.
O que vem por aí
Além da estreia de Sobrenatural: A Porta Vermelha, é esperado que novos filmes dentro da franquia sejam feitos. Um desses é o spin off Thread: An Insidious Tale, com história, roteiro e direção de Jeremy Slater — roteirista do filme Renascida do Inferno (2015) e de episódios de séries como O Exorcista (2016-2017), da qual também é um dos criadores, e Cavaleiro da Lua (2022).
Não temos muitas informações sobre o plot de Thread, mas, até o momento, o elenco conta com Mandy Moore e Kumail Nanjiani.
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