Os 27 anos de Buffy, a Caça-Vampiros

Em 10 de março de 1997, acontecia a exibição do primeiro episódio de Buffy, a Caça-Vampiros. A série se tornou uma das mais queridas da TV, e, para celebrar seu aniversário, a Macabra relembra algumas curiosidades da produção.

A cada geração nasce uma caçadora. Sozinha ela irá lutar contra os vampiros, os demônios e as forças da escuridão. Ela é a caça-vampiros. Essa é a profecia que altera para sempre a vida simples e mimada de Buffy Summers, de Los Angeles, que descobre em sua adolescência que faz parte das chamadas “caçadoras”. Ao se mudar para Sunnydale, onde fica a Boca do Inferno, Buffy terá que lidar não somente com as forças macabras e sombrias que insistem em se esgueirar no local e dominar o mundo, mas também com as forças macabras e sombrias da adolescência e do início da vida adulta.

Pôster da primeira temporada de Buffy, a Caça-Vampiros

Buffy, a Caça-Vampiros completa 27 anos em 10 de março, dia de sua primeira exibição no canal The WB. A história da jovem Buffy (Sarah Michelle Gellar), que é auxiliada por seu guardião Giles (Anthony Stewart Head) e seus amigos Willow (Alyson Hannigan) e Xander (Nicholas Brendon), carinhosamente apelidados como “Scoob gang”, e que caça demônios pois esse é seu destino desde antes de nascer, encantou gerações desde que foi ao ar em 1997. E, para matar a saudade, a série está disponível na íntegra para ser assistida no streaming Star+.

Em comemoração ao seu aniversário, pegue sua estaca e seu vidrinho de água benta, pois a Macabra reuniu algumas curiosidades da produção para os fãs da caçadora. 

Tudo começou com um filme

Pôster do filme original de Buffy, a Caça-Vampiros, de 1992

Para muitos, Buffy se tornou um dos grandes símbolos dos jovens dos anos 1990 e influenciou centenas de outras obras que se seguiram ao seu sucesso. Mas a história de Buffy começa um pouco antes de 1997, quando o primeiro episódio foi exibido na TV. Tudo começou em meados de 1991, como um filme.

Joss Whedon já trabalhava escrevendo roteiros para séries na década de 1980, para programas como Roseanne (1988–2018) e Parenthood (1990–1991). No começo da década de 1990, Whedon vendeu um roteiro para a produtora Sandollar — produtora que era de ninguém mais ninguém menos que Dolly Parton, o ícone da música country

Imagem do filme Buffy, a Caça-Vampiros, de 1992

Dirigido por Fran Rubel Kuzui, cujo único outro trabalho na direção foi com o filme Tokyo Pop (1988). A produção começou no inverno de 1991 e contou com um elenco estelar com Donald Sutherland, Paul Reubens, Rutger Hauer, Luke Perry, Hilary Swank e David Arquette. Kristy Swanson interpretou Buffy. A atriz havia trabalhado em alguns filmes adolescentes dos anos 1980, como A Garota de Rosa-Shocking, Curtindo a Vida Adoidado, Manequim: A Magia do Amor, e alguns filmes de terror e afins, como Flores no Sótão e A Maldição de Samantha, interpretando a personagem-título do filme de Wes Craven.

A história do filme é bastante semelhante à da série: Buffy, uma jovem popular, que faz parte das líderes de torcida, acaba descobrindo que é, na verdade, uma caçadora de vampiros e não poderá fugir desse destino. O filme em si não foi um fracasso de bilheteria e conseguiu levantar um lucro maior do que foi gasto em sua produção, mas a crítica não ficou exatamente satisfeita com o resultado.

Imagem do filme Buffy, a Caça-Vampiros, de 1992

Nem Whedon ficou feliz com o resultado, na verdade. Sua intenção era que o estereótipo da garota loira morta rapidamente nos filmes de terror fosse subvertido, que uma garota comum e aparentemente insignificante se mostrasse extraordinária. Mas tanto a direção quanto a produção do filme consideravam o filme uma comédia sobre vampiros. Então, anos depois, Whedon já tinha certa popularidade suficiente para transformar sua história na série de sucesso.

O piloto que nunca foi ao ar

Imagem do piloto que nunca foi ao ar de Buffy, a Caça-Vampiros, em 1997

O primeiro episódio que assistimos de Buffy não foi o episódio piloto gravado originalmente. Foi Gail Berman, que estava à frente da Sandollar, a detentora original dos direitos de Buffy para quem Whedon havia vendido o projeto, que se aproximou do roteirista para conversar com ele sobre a possibilidade de uma série. Posteriormente, Berman se tornou a CEO da Fox. 

Whedon então escreveu e financiou parcialmente um piloto de vinte e cinco minutos para apresentar às emissoras que poderiam se interessar na ideia de uma série adolescente com vampiros. A The WB acabou comprando a ideia, e o primeiro episódio oficial, intitulado “Welcome to the Hellmouth”, foi exibido pela primeira vez em 10 de março de 1997 na emissora.

Imagem do piloto que nunca foi ao ar de Buffy, a Caça-Vampiros, em 1997, com a atriz que interpretaria Willow, Riff Regan

O piloto nunca foi ao ar e Whedon nunca demonstrou interesse em colocá-lo como extra em DVDs da série, mas ele está disponível para ser assistido no Youtube. Algumas diferenças são notáveis, a começar pela atriz que interpreta Willow. Alyson Hannigan ficou imortalizada como a personagem, que é uma das mais queridas entre os fãs, mas originalmente, no piloto, Willow foi interpretada pela atriz Riff Regan. Os produtores da série acharam que a jovem não tinha química o suficiente com o restante do elenco, e ela acabou sendo cortada. 

O elenco

Imagem promocional do elenco da série Buffy, a Caça-Vampiros, ainda nas primeiras temporadas

É sempre estranho pensar em como as coisas seriam diferentes se nossos personagens favoritos não fossem interpretados por seus atores originais. Em Buffy, isso quase aconteceu também com as personagens de Buffy e Cordelia, interpretadas por Sarah Michelle Gellar e Charisma Carpenter respectivamente. Mas, nas audições, ambas fizeram testes para os papéis contrários — Carpenter para Buffy e Gellar para Cordelia.

Sarah Michelle Gellar e Charisma Carpenter como Buffy e Cordelia

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Outras atrizes que ganharam papéis diferentes ao longo das temporadas da série também fizeram teste para a personagem principal. Julie Benz (que ganhou o papel de Darla), Elizabeth Anne Allen (que se tornou Amy), Mercedes McNab (que ficou com a personagem Harmony) e Julia Lee (que acabou interpretando a jovem fugitiva Anne). Bianca Lawson, que mais tarde conquistou o coração dos fãs como Kendra, fez o teste original para Cordelia, mas alguns compromissos contratuais não a deixaram ficar com o papel.

Outro papel concorrido foi o de Xander. Danny Strong, que acabou interpretando Jonathan, tentou o papel de melhor amigo de Buffy e Willow. O papel de Xander chegou a ser oferecido até a Ryan Reynolds, que o recusou por não querer interpretar um adolescente de colégio. Quem ficou com o papel foi Nicholas Brendon. Brendon, inclusive, tem um irmão gêmeo, Kelly Donovan, que apareceu na série em um dos episódios.

David Boreanaz como Angel

Para o papel de Angel, a busca foi muito mais complicada. Depois de testes infrutíferos, David Boreanaz acabou sendo descoberto pelo amigo de uma das roteiristas da série, Marti Noxon, que o viu passeando com seu cachorro. A prova definitiva de que Boreanaz nasceu para ser Angel, dizem os presentes na audição, foi a reação que todas as pessoas tiveram quando ele começou o teste, com os suspiros audíveis pela sala.

James Marsters e Kristine Sutherland como Spike e Joyce Summers

Outros atores se tornaram extremamente queridos pelo público e, o que era para ser um papel pequeno, acabou se tornando presença constante na série, como é o caso de Spike, interpretado por James Marsters (que não, não é britânico de verdade), ou mesmo Tara, papel de Amber Benson. Tara era uma personagem tão querida, aliás, que a intenção era trazê-la de volta depois de sua morte na série. Mas Benson não queria causar isso à personagem.

A icônica maquiagem

Não são todas as histórias de vampiros que apostam em um visual tão chamativo para seus monstros. A maioria deles, como em Entrevista com o Vampiro e alguns filmes de Drácula, mantinham seus vampiros como pessoas comuns, com a adição de dentes e um pouco de palidez. Até mesmo o filme original de Buffy, de 1992, aposta nessa ideia.

James Marsters com a maquiagem de vampiro para o papel de Spike

Mas os vampiros da série ganharam um visual bem diferente. Com próteses que alteravam significativamente o rosto dos atores, tornando as testas e as maçãs do rosto proeminentes — algo semelhante aos vampiros de Garotos Perdidos —, os vampiros de Buffy acabaram se destacando. A maquiagem icônica foi criada por Todd McIntosh.

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As mudanças do filme para a série partiram de Whedon. Um dos motivos foi que ele queria elevar a sensação de paranoia, fazendo com que os vampiros se parecessem, sim, com pessoas normais, até que o momento de se alimentar chegasse. Então eles se transformariam em monstros — visivelmente monstros. E isso tem a ver com o segundo motivo, também. Whedon não queria que a série fosse sobre uma jovem que atacava pessoas aparentemente normais no coração. Ele queria que a fantasia fosse realmente palpável e segura para a audiência.

David Boreanaz com a maquiagem de vampiro para o papel de Angel

A aplicação da maquiagem demorava cerca de uma hora e vinte minutos, e David Boreanaz contou em entrevistas que a pior parte era o momento de tirá-la. Apesar da vontade de arrancar as próteses do rosto, os atores tinham que esperar a equipe tirar com cuidado todos os pedaços, porque era um processo delicado e poderia machucar a pele ou destruir as próteses.

Já sobre a parte dos vampiros virarem pó ao serem mortos… bom, a explicação é muito mais simples e prática: Whedon achava que seria uma perda de tempo ter que limpar os corpos por quinze minutos a cada episódio, então era mais fácil que os vampiros simplesmente sumissem.

Muitas pistas pelo caminho

Michelle Trachtenberg, Sarah Michelle Gellar e Kristine Sutherland como Dawn, Buffy e Joyce Summers

Quem acompanhou Buffy na época de seu lançamento na TV, não podia ter certeza que estava vendo alguma pista deixada de propósito pelos roteiristas, ou se o que via era apenas mais alguma coisa maluca com a qual a jovem protagonista e seus amigos teriam que lidar. 

Mas o fato é que muitas pistas — ou, utilizando o termo correto quanto tratamos de TV e cinema, muito foreshadowing — foi usado ao longo das sete temporadas de Buffy, a Caça-Vampiros. O trecho a seguir contém alguns spoilers, principalmente de acontecimentos a partir da quarta temporada, então já te deixamos avisado a seguir por conta e risco.

Talvez o episódio a deixar mais pistas pelo que poderia vir em seguida é o primeiro da quarta temporada, “The Freshman”. Além de dar pistas sobre a temporada inteira, quando Buffy comenta com Willow que não poderá deixar que nada a distraia da caçada — coisa que acontece conforme seu relacionamento com Riley se desenvolve —, há também a triste piada de Buffy sobre Joyce, dizendo que mal vê a hora que sua mãe receba a conta dos livros e que seja um “aneurisma engraçado” — Joyce morre na temporada seguinte, por causa de um aneurisma.

Michelle Trachtenberg e Sarah Michelle Gellar como Dawn e Buffy Summers

Talvez o maior mistério da história de Buffy tenha sido a aparição de Dawn no primeiro episódio da quinta temporada. É de se imaginar o que os fãs devem ter pensado quando a temporada começou a ser exibida na TV e de repente Buffy tinha uma irmã mais nova. Mas esse também é o foreshadowing mais interessante da produção. Na temporada quatro, episódio quinze, “This Year’s Girl”, em uma sequência de sonho, Faith diz a Buffy que sua irmã mais nova está chegando e há muito a ser preparado.

Imagem de um episódio da série Buffy, a Caça-Vampiros, já nas temporadas finais

E, em outro notável momento em que temos uma pista enorme do futuro da caçadora, Buffy descobre sobre sua própria morte, que acontece ao final da quinta temporada. No episódio dezoito desta mesma temporada, “Restless”, Buffy vaga pelo deserto para se encontrar com a primeira caçadora. Lá, a caçadora dá a ela uma mensagem: “O amor a levará ao seu dom… a morte é o seu dom”. Buffy chega a pensar que matar os monstros seria esse dom, mas é sua própria morte, que ela tem que encarar para salvar Dawn, que é seu verdadeiro dom.

Buffy nos quadrinhos

Imagem utilizada na capa de um dos quadrinhos da oitava temporada de Buffy, a Caça-Vampiros

Buffy, a Caça Vampiros teve sete temporadas e, enquanto ainda estava no ar, no começo de sua quarta temporada, tivemos início ao spin-off Angel. As séries se cruzaram algumas vezes ao longo de sua exibição — Angel teve cinco temporadas —, com personagens como Spike e Cordelia aparecendo também ao longo do spin off. 

Mas Buffy foi muito mais que uma série e teve seu próprio universo expandido desde 1998, quando o primeiro quadrinho da caçadora foi lançado. Publicado pela Dark Horse, a série em quadrinhos Buffy the Vampire Slayer Classics foi lançada entre os anos de 1998 e 2003. Além disso, no mesmo período, houve o lançamento das Buffy specials, quadrinhos especiais com edições em poucos volumes ou únicas contando histórias fechadas.

Imagem utilizada na capa de um dos quadrinhos da nona temporada de Buffy, a Caça-Vampiros

A Buffy mini-series, lançada entre 1999 e 2001, contava a história de um personagem (ou número de personagem) a cada título lançado, que podiam ser de uma a quatro revistas em arcos fechados. Houve ainda a Buffy Tales, lançada entre 2002 e 2009; a Dark Horse Presents, que continha história de Buffy em algumas de suas edições espaçadas entre 1998 e 2010. Todo esse material foi compilado em edições Omnibus, de volume 1 ao 7, e uma edição especial contendo as Tales.

Mesmo depois que acabou, foi difícil para os fãs deixarem a caçadora de vampiros favorita descansar. Em quadrinhos, foram lançadas as temporadas entre oito e doze, com revistas especiais para alguns personagens — Angel, Faith, Giles e Spike tiveram revistas solo —, dando continuidade às histórias de cada um.

Imagem promocional dos novos quadrinhos de Buffy, a Caça-Vampiros, da BOOM! Studios

Em 2019, aconteceu um reboot dos quadrinhos pela editora BOOM! Studios, que tem lançado, desde então, novas histórias sem continuidade com a série de TV ou os quadrinhos anteriores, mas mantendo o visual clássico dos personagens que ficaram consagrados em Buffy, a Caça-Vampiros e Angel

Além de todos os quadrinhos listados e mais diversos especiais, livros que expandiram o universo da caçadora (com outras caçadoras, inclusive) também foram lançados. É uma série que continua a dar frutos mesmo quase vinte anos desde seu término.

O especial em áudio

Pôster do especial Slayers: A Buffyverse Story

Em 2023, os fãs de Buffy tiveram uma surpresa: a plataforma de streaming de áudio Audible estava lançando uma série especial sobre Buffy. Escrita por Christopher Golden e Amber Benson e dirigida por Benson, Golden e Kc Wayland, a série se passaria dez anos depois do último episódio da série.

Intitulada Slayers: A Buffyverse Story, alguns personagens originais da série retornaram, como James Marsters, Amber Benson, Charisma Carpenter, Juliet Landau, Anthony Head e Emma Caufield. A série foi cancelada depois de sua primeira temporada, com nove episódios.

O Legado

Imagem de um episódio da série Buffy, a Caça-Vampiros

Buffy fez parte da adolescência de muitos jovens, que cresceram ao lado da personagem e encontraram em suas aventuras um ponto de apoio aos sentimentos que estavam passando. Utilizando a caça aos vampiros e seus desdobramentos como metáfora, Buffy, no cerne, falava sobre preocupações adolescentes como escola e vida social, e conforme a personagem cresceu, seus problemas também se tornaram mais adultos — empregos, responsabilidade, a morte.

Imagem do último episódio da série Buffy, a Caça-Vampiros

Como todo material que impacta tanto a vida das pessoas, Buffy recebeu seus próprios cursos em universidades e materiais aprofundando os questionamentos da série. Livros foram escritos e seguem sendo discutidos mesmo vinte e sete anos depois. Pesquisadores se debruçam sobre os episódios mais icônicos ou mais obscuros da série para escreverem artigos não somente sobre o poder da mídia e da cultura no público jovem, mas para questionar a própria profundidade dos personagens.

As acusações contra Whedon

Mas não é possível falar de Buffy, entretanto, sem mencionar as acusações a Whedon. Em 2020, Ray Fisher, que trabalhou com Whedon em Liga da Justiça interpretando o personagem Cyborg, fez declarações que o meio de trabalho no filme não era dos melhores e Whedon abusava de sua posição de poder. Atores do longa, como Jason Momoa, saíram em defesa de Fisher e afirmaram que as acusações procediam.

Charisma Carpenter

No ano seguinte, Charisma Carpenter, que interpretou Cordelia em Buffy e Angel, comentou sobre sua própria experiência com Whedon e disse que Buffy era um meio difícil de se trabalhar, e Whedon era tóxico, cruel e abusou de seu poder inúmeras vezes. Novamente, membros do elenco da série mostraram suporte à atriz, principalmente Amber Benson e Michelle Trachtenberg, que corroboram as afirmações. Sarah Michelle Gellar também saiu em defesa de Carpenter, e se distanciou de Whedon.

É com tristeza que tenhamos que falar sobre isso em uma postagem comemorativa. Por mais que Buffy tenha sido uma série empoderadora em diversos níveis, para tantas jovens, é irônico e cruel que seu próprio ambiente tenha sido tão desmoralizante para as atrizes que trabalharam ali. Não apaga a grandeza da série, mas nos faz pensar em seu conteúdo com um gosto amargo. A indústria do cinema e da televisão ainda tem muito o que progredir, e esperamos que, se os boatos de um remake de Buffy se confirmem, o ambiente seja, enfim, mais saudável e seguro para suas trabalhadoras.

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Buffy, a Caça-Vampiros e Angel estão disponíveis no canal de streaming Star+. E você, qual sua relação com a série? Comente com a Macabra no Twitter e Instagram.

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Acordo cedo todos os dias para passar o café e regar minhas plantas na fazenda. Aprecio o lado obscuro da arte e renovo meus pactos diariamente ao assistir filmes de terror. MACABRA™ - FEAR IS NATURAL.