7 filmes para conhecer o cinema de Tobe Hooper

Obras imperdíveis do mestre do horror para conhecer alguns alienígenas, psicopatas e fantasmas que marcaram sua carreira.

Diretor, roteirista, produtor, e um dos maiores mestres dos filmes de terror, Tobe Hooper nos presenteou com obras inigualáveis ao longo de sua carreira, como O Massacre da Serra Elétrica, clássico do gênero.

Nascido em 25 de janeiro de 1943 no Texas, Hooper começou a se interessar pelas filmagens com a câmera Super 8 de seu pai, quando tinha 9 anos. Foi para a Universidade do Texas e, ao longo de sua juventude e começo da vida adulta nos anos 1960, trabalhou como professor e cameraman de documentários. 

Ao lado de Kim Henkel, escreveu e dirigiu Eggshells, em 1969, sobre um grupo de garotos hippies vivendo no Texas. Logo depois viria o grande filme que alteraria para sempre os rumos de sua vida: O Massacre da Serra Elétrica, considerado pelo The Guardian em 2010 como um dos filmes mais influentes já feitos. 

Sendo um dos pilares do terror pós anos 1970, influenciado centenas de novos cineastas e produtores e com um currículo de dar gosto, selecionamos 7 filmes do cineasta para conhecer um pouco mais sua carreira.

O Massacre da Serra Elétrica

The Texas Chainsaw Massacre, 1974 // Provavelmente o primeiro contato com Tobe Hooper da maioria dos fãs de terror, O Massacre da Serra Elétrica se tornou um clássico do gênero. Realizado com um baixo orçamento, logo se provou um dos filmes mais chocantes dos últimos anos logo após seu lançamento. Inegável a quantidade de atores, roteiristas e diretores ligados ao gênero do terror que foram influenciados pela obra. A premissa, que seria reproduzida exaustivamente nos anos seguintes, é bem simples: dois irmãos e um grupo de amigos embarcam em uma viagem ao interior do Texas para visitar o túmulo do avô. Ao darem carona para um cara estranho, assinaram sua sentença de morte e os colocaram na mira de uma família de canibais. O Massacre da Serra Elétrica gerou uma série de sequências e remakes, com mais um chegando à Netflix em fevereiro de 2022, mas dificilmente algum deles bateu o original em sucesso. Tobe Hooper só se envolveu diretamente com o filme original e sua sequência, O Massacre da Serra Elétrica 2.

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Poltergeist: O Fenômeno

Poltergeist, 1982 // Um dos filmes mais assustadores sobre fenômenos paranormais, Poltergeist: O Fenômeno logo se tornou um clássico. A história da família Freeling que precisa lidar com uma entidade sobrenatural disposta a atazanar a vida deles, chegando a sequestrar a pobre Carol Ann, encontrou um lar nos fãs de terror e nos fãs dos filmes dos anos 1980. Com Steven Spielberg à bordo do projeto, o filme e o cineasta ganharam ainda mais destaque, e logo curiosidades de gravações e possíveis maldições no set deram novo enfoque ao filme. Mas, inegavelmente, é um clássico entre os clássicos. Ganhou duas sequências, Poltergeist II: O Outro Lado (1986, dir. Brian Gibson) e Poltergeist III: O Capítulo Final (1988, dir. Gary Sherman), e um remake, Poltergeist – O Fenômeno (2015, dir. Gil Kenan), mas nenhum deles tão famosos quanto o primeiro. Há rumores de que um novo remake está em produção, mas com poucas informações até o momento.

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Os Vampiros de Salem

Salem’s Lot, 1979 // Hooper foi responsável pela segunda adaptação de um livro de Stephen King, apenas três anos depois de Carrie do Brian De Palma. No formato de minissérie para a televisão, Hooper adaptou Os Vampiros de Salem, uma homenagem de King aos filmes de vampiro, assemelhando a figura do maligno vampiro Barlow como a do clássico Drácula interpretado por Bela Lugosi em 1931. Hooper, por sua vez, também utilizou sua obra como homenagem às criaturas, dessa vez aproximando Barlow de Nosferatu, o que conferiu ao vilão um ar ainda mais aterrorizante. Na história, Ben Mears viaja para sua cidade natal para escrever um novo livro, sobre uma casa amaldiçoada do local, mas se surpreende ao descobrir que a casa foi alugada. As coisas pioram quando as suspeitas são que a cidade está nas mãos de um vampiro antigo e poderoso. A adaptação de Hooper é lembrada por algumas passagens icônicas, como quando um dos garotinhos da trama se torna um vampiro e aparece na janela do segundo andar de seu amigo para atraí-lo para uma armadilha. O filme recebeu uma sequência em 1987 intitulada Os Vampiros de Salem, o Retorno; e a história recebeu um remake em 2004, também para a TV, chamada A Mansão Marsten. Um novo remake será lançado em setembro de 2022, com direção de Gary Dauberman. Hooper ainda adaptaria outra história de King em 1995, Mangler, o Grito de Terror.

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Pague para Entrar, Reze para Sair

The Funhouse, 1981 // Mesmo sendo um pouco menos conhecido que os outros filmes do cineasta, Pague para Entrar, Reze para Sair tem o seu público cativo que o adora. No filme, um grupo de amigos sai para se divertir em uma feira itinerante com alguns shows circenses e bizarros. Em uma ideia pouco inteligente, eles resolvem passar a noite na “casa de diversões”, daquelas que encontramos em circos com várias atrações interativas. O problema é que eles acabam presenciando um assassinato e, em seguida, um dos rapazes resolve roubar o gerente do local. O grupo não esperava, entretanto, que o gerente era pai do assassino, e que estaria disposto a tudo para recuperar seu dinheiro e ocultar o crime. Uma curiosidade divertida é que Hooper reutilizou alguns adereços deste filme quando foi dirigir o clipe de Billy Idol, Dancing with Myself.

Devorado Vivo

Eaten Alive, 1976 // Um dos primeiros créditos de Robert Englund, nosso eterno Freddy Krueger, nos filmes de terror foi em Devorado Vivo. Na história, acompanhamos um dono de hotel que convenientemente possui um crocodilo em seu quintal e alimenta o bicho com os hóspedes com quem tem desavenças e suas vítimas desavisadas. Marilyn Burns, protagonista de O Massacre da Serra Elétrica, trabalha novamente com o cineasta. No elenco também está Carolyn Jones, a Morticia da série de 1964 de A Família Addams, entre outras estrelas. Mais adiante, em 1988, Hooper trabalharia novamente com Englund na série A Hora do Pesadelo: O Terror de Freddy Krueger, no episódio “No More Mr. Nice Guy”; em 1993, no filme Noites de Terror; e em 2005, na série Mestres do Terror, com o episódio “Dance of the Dead”. 

Força Sinistra

Lifeforce, 1985 // Adaptando o livro The Space Vampires de Colin Wilson, Hooper trabalhou novamente com vampiros em 1985, mas agora com uma nova roupagem. Em Força Sinistra, os vampiros não sugam o sangue de suas vítimas, e sim sua força vital, transformando-as em zumbis. Pegando carona no cometa Halley, as criaturas vêm do espaço para causar o caos na terra e encontrar uma nova fonte de vida. Também menos conhecido, mas que encontrou seu caminho no coração dos fãs.

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Invasores de Marte

Invaders from Mars, 1986 // Hooper, ainda pensando em criaturas espaciais, dirigiu o remake do clássico de ficção científica dos anos 1950 Os Invasores de Marte (1953, dir. William Cameron Menzies), com um roteiro escrito por Dan O’Bannon e Don Jakob, uma dupla já conhecida pelos fãs do gênero — sendo autores de roteiros de filmes como Alien, O Oitavo Passageiro e Aracnofobia, respectivamente. No filme, um garotinho tenta impedir uma invasão alienígena em sua cidade, em que os estranhos visitantes tomam posse das mentes dos habitantes do local. 

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Acordo cedo todos os dias para passar o café e regar minhas plantas na fazenda. Aprecio o lado obscuro da arte e renovo meus pactos diariamente ao assistir filmes de terror. MACABRA™ - FEAR IS NATURAL.