9 Filmes de body horror para quem amou Em Carne Viva

Se você é fã de body horror e amou Em Carne Viva, livro organizado por Joyce Carol Oates, confira as dicas da Macabra de filmes de horror corporal dirigidos por mulheres.

Em sua introdução para o livro Em Carne Viva, Joyce Carol Oates escreveu que “o horror corporal em sua miríade de manifestações fala de forma mais poderosa com mulheres e garotas”. Além de sermos ensinadas a buscar a beleza a qualquer custo, nosso próprio corpo é construído para ser suscetível a diversos níveis de dor, como no caso de um parto. Ao longo da história, mulheres que foram contra os padrões estabelecidos pelos poderosos, foram logo transformadas em monstruosidades, literal ou figurativamente — de Medusa às bruxas, os exemplos são vários.

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Não é com curiosidade, então, que percebemos como o body horror é um subgênero rico nas mãos das diretoras. Da busca pela beleza à maternidade, essas diretoras encontraram nessa categoria do terror uma forma de falar sobre tantos males e assombros de ser mulher. 

A Macabra reuniu 9 filmes de body horror dirigidos por mulheres para você que amou Em Carne Viva e quer expandir seu repertório no subgênero.

Em Minha Pele

Dans ma peau, 2002 // Um dos maiores representantes do new french extremity, Em Minha Pele, de Marina de Van, também é um dos melhores exemplos de body horror para quem quer se aventurar depois de ler Em Carne Viva. No filme, Esther (De Van) é uma mulher com a vida aparentemente muito boa, mas algo começa a mudar quando ela descobre uma laceração em sua perna. Aos poucos, se torna cada vez mais consciente de si mesma, e entra em uma jornada canibalística se autodevorando.

Grave

Raw, 2016 // Ainda dentro do canibalismo, Grave, de Julia Ducournau, se tornou um dos grandes filmes de body horror dos últimos anos. Quando Justine (Garance Marillier) entra para a faculdade e participa de um trote onde tem que consumir carne, sendo ela vegetariana desde que nasceu, algo dentro de si desperta e a faz descobrir um segredo de família. Ao contrário de Esther, de Em Minha Pele, Justine busca em outros a vontade de se satisfazer ao consumir carne humana. 

Titane

Titane, 2021 // Também de Ducournau, Titane vai para outro rumo quando se trata de body horror, e os limites da carne são testados de outras formas. Alexia (Agathe Rousselle) sempre foi apaixonada por carros — mesmo depois de um acidente que a levou a ter que inserir uma placa de titânio no crânio. Quando cresceu, se tornou modelo em feiras automobilísticas. Certo dia, porém, Alexia passa por uma experiência que mudará o rumo de sua vida, e a colocará em uma jornada corporal assustadora. 

A Substância

The Substance, 2024 // A aparência também pode ser um motivador quando tratamos do body horror. Coralie Fargeat trata bem do tema em A Substância, que narra a história de Elisabeth (Demi Moore), uma estrela da TV dos anos 1980, que acabou caindo no esquecimento depois que envelheceu. Ela conhece, então, um projeto que, através de uma medicação, promete o rejuvenescimento. Cheia de regras, essa substância é mais perigosa do que pode parecer, e leva Elisabeth a uma espiral de loucura e horror.

American Mary

American Mary, 2012 // Ainda sobre aparência, Sylvia e Jen Soska são mestres na arte do body horror dessa categoria. Unindo o rape revenge e o body horror, as irmãs diretoras nos contam a história de Mary (Katharine Isabelle), jovem estudante de medicina que, procurando uma forma de conseguir dinheiro para pagar suas contas, acaba trabalhando clandestinamente em uma clínica de modificações corporais. Depois de sofrer uma violência sexual de seu mentor, Mary bola um plano para se vingar.  

Fúria

Rabid, 2019 // Também de Jen e Sylvia Soska, Fúria é um remake de Enraivecida na Fúria do Sexo (1977), de Cronenberg. Nesta versão, Rose (Laura Vandervoort) sofre um acidente e fica desfigurada. Procurando uma forma de se restabelecer, ela procura um tratamento ainda em fase inicial. O tratamento começa dando certo, mas logo Rose passa a sofrer de alguns sérios efeitos colaterais.

Huesera

Huesera, 2022 // Não raro, os desafios da maternidade também são explorados nos filmes de body horror. Em Huesera, da diretora mexicana Michelle Garza Cervera, acompanhamos as dificuldades de Valeria (Natalia Solián) de engravidar. Quando finalmente consegue, entretanto, ela percebe que os desafios — principalmente os corporais — são muito piores do que ela esperava. 

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Honeymoon

Honeymoon, 2014 // Os recém-casados Bea (Rose Leslie) e Paul (Harry Treadaway) resolvem fazer uma viagem romântica para uma cabana. Certa noite, Paul encontra Bea vagando desorientada pela mata, e com o passar dos dias seu comportamento apenas se agrava. Dirigido por Leigh Janiak, Honeymoon apresenta uma tensão constante do casal protagonista, até o momento em que o horror corporal entra em cena para explicitar os sentimentos crescentes de horror de Rose.

Blue My Mind

Blue My Mind, 2017 // Sabemos como a adolescência pode ser um horror, e Lisa Brühlmann explicitou isso com o body horror em Blue My Mind. Neste coming of age, acompanhamos Mia (Luna Wedler), uma jovem de 15 anos que está passando por transformações corporais extremas. Apesar de tentar interromper o processo, Mia logo percebe que a natureza é mais forte que sua vontade.

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Acordo cedo todos os dias para passar o café e regar minhas plantas na fazenda. Aprecio o lado obscuro da arte e renovo meus pactos diariamente ao assistir filmes de terror. MACABRA™ - FEAR IS NATURAL.