Certo dia, o Diabo deixa o Inferno. Cansado demais, ele parte para Los Angeles em busca de paz e um pouco de diversão — afinal, ele é Lucifer Morningstar. Mas, de repente, ele se encontra auxiliando uma detetive a lidar com criminosos e estranhos acontecimentos na cidade. Alguns cometidos por sua causa.
Lucifer, série de sucesso que chega em sua última temporada no dia 10 de setembro na Netflix, foi adaptada a partir do personagem de mesmo nome que aparece inicialmente na série em quadrinhos Sandman, de Neil Gaiman. O personagem fez sucesso e logo ganhou seu próprio spin off, aparecendo em outros quadrinhos do universo que Gaiman criou regularmente.
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A série começou como uma produção da FOX, e assim permaneceu por três temporadas até que, ao final da terceira, a emissora cancelou o seriado. Lucifer, que já tinha conquistado uma legião de fãs, acabou sendo salvo pela Netflix, que o manteve no ar por mais três temporadas.
Agora, com a série chegando ao fim, selecionamos algumas curiosidades e referências utilizadas ao longo de suas temporadas. Prepare sua pipoca e vem com a gente.
Adaptação vagamente adaptada
Apesar da série ser uma adaptação de um personagem criado por Neil Gaiman, nem todos da equipe tinham consciência disso quando começaram a trabalhar no projeto, como é o caso do próprio Tom Ellis. Ellis admitiu que é uma adaptação vagamente inspirada no conteúdo original, então ele mesmo não utilizou o personagem dos quadrinhos para criar sua personificação do Anjo Caído. Entretanto, Gaiman entrou em contato com ele para lhe dizer que tinha gostado muito do piloto, o que o fez sentir bastante feliz “como se um dos pais tivesse nos dado suas bençãos”.
Apesar dos poucos elementos utilizados na adaptação, os criadores da série também fizeram algumas coisinhas para homenagear Neil Gaiman: em determinado episódio, Chloe (Lauren German) lê Coraline para sua filhinha, Trixie (Scarlett Estevez). Mais adiante, Trixie comenta sobre o “livro do panda”, se referindo ao livro infantil O Dia de Chu, ambos escritos por Gaiman.
Em outro episódio ainda, Lucifer bate à porta de um culto que está profanando seu nome e, ao visualizá-lo rapidamente, o líder do culto diz: “você deveria ser loiro”, ao que Lucifer devolve: “ouço muito isso”, em referência à uma constante crítica dos fãs de que o Lucifer dos quadrinhos tem os cabelos loiros, e não escuros como o de Tom Ellis.
Lucifer nas Infinitas Terras
Vindo dos quadrinhos, é natural que Lucifer conheça outros multiversos por aí — e os frequente também. Em dezembro de 2019, em um crossover de Crises nas Infinitas Terras com o Arrowverse, Lucifer acaba aparecendo em uma cena de Legend’s of Tomorrow com John Constantine (Matt Ryan), pedindo que ele o ajude a salvar Oliver Queen, que havia acabado de ressuscitar.
Uma referência Sobrenatural
Além de várias similaridades entre a série Lucifer e Supernatural — crimes, criaturas divinas a torto e a direito, fenômenos paranormais e, bom, o próprio Lucifer —, já houve uma piadinha em cada uma das séries.
Em Supernatural, o Diabo é interpretado por Mark Pellegrino. Na décima primeira temporada, que foi ao ar em 2016 — ano de estreia de Lucifer —, o episódio “The Devil In The Details”, décimo episódio, faz um pequeno comentário sobre a série vizinha. Durante uma conversa entre Lucifer e Sam, Sam questiona o Diabo sobre o que ele fará após conseguir algo que ele quer, ao que ele responde: “Eu não sei, me mudar para LA e solucionar crimes?”.
A referência cruzada aconteceu na quarta temporada de Lucifer, em algumas ocasiões diferentes, ambas ligadas a um nefilim. Quando Remiel aparece, ele questiona o porquê de Amenadiel estar na Terra, se ela tinha se cansado de Cassiel. Cassiel, no caso, é uma figura bíblica existente, ao contrário do anjo Castiel de Supernatural. Mas, os fãs querem acreditar que a menção a ele tenha surgido por referência. No segundo caso, Linda, a mulher que está carregando o bebê metade humano e metade anjo, escolhe para ele o nome Jack, mesmo nome do nefilim de Supernatural, que se tornou parte importante das vidas dos irmãos Winchester.
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Questões religiosas
Se tratando de uma série sobre o Diabo, é de se imaginar que algumas religiões não fossem ficar muito felizes. Várias delas, de maioria cristã, fizeram petições para que Lucifer fosse retirado do ar. A parte interessante sobre isso é que o nome de Jesus, por exemplo, nunca é citado na série — nem mesmo como exclamação para os personagens.
Talentos diabólicos
Além de ser um excelente Diabo, Tom Ellis contribuiu em muitos outros elementos da série além de sua interpretação. Para começar, ele quem achou que o sotaque inglês ficaria melhor para o personagem — que, de início, era para ser norte-americano, mas lendo o roteiro Ellis percebeu que o sotaque do inglês britânico combinaria melhor com o estilo bonachão, elegante e soberbo do personagem. Além disso, é o próprio Ellis quem canta nos episódios.
Entretanto, o ator não possui talento com o piano — esse, sim, é atuação.
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Lucifer vai deixar saudades. Mas, enquanto não encontramos outro Anjo Caído diabolicamente interessante para amar, conheça outras produções macabras dignas de maratonas na categoria Séries. Comente este post com a Macabra no Twitter e Instagram.