Os melhores momentos da carreira de Anya Taylor-Joy

Com um rosto marcante e um talento ímpar, Anya Taylor-Joy tem encantado os fãs de terror desde seu papel em A Bruxa. Saiba mais sobre a carreira da atriz.

A Bruxa, Fragmentado, O Menu… Anya Taylor-Joy começou sua carreira trabalhando ao lado de grandes mentes do cinema e logo ela mesma se tornou uma das maiores estrelas em ascensão dessa geração de atores. Já foi indicada ao Globo de Ouro, ao BAFTA, ao Critics’ Choice Television Awards, e ganhou o prêmio Trophée Chopard, de Cannes, que busca encorajar novos talentos do cinema. Com um futuro gigante pela frente, Taylor-Joy já conquistou um espaço importante na história do cinema.

Dona de um talento ímpar e com uma escolha especial para seus papéis, Anya Taylor-Joy logo se tornou uma das atrizes mais queridas dos fãs de terror. Fizemos um resumo da carreira da jovem artista para seus fãs macabros.

Os primeiros anos e o início da carreira

Anya Taylor-Joy nasceu em 16 de abril de 1996, em Miami. Seus pais estavam de férias na cidade no momento de seu nascimento, o que deu a ela a cidadania norte-americana. Mas, no período, sua família morava em Buenos Aires, na Argentina. Aos 6 anos de idade de Anya, todos se mudaram para Londres. 

Foi uma mudança difícil para a jovem, que não falava a língua inglesa na época. Ao longo dos anos, acabou se ressentido de ir para a escola pelo bullying praticado contra ela. De acordo com a atriz, “eu era muito inglesa para ser argentina, muito argentina para ser inglesa, muito americana para ser qualquer coisa. As crianças não me entendiam de forma alguma. Eu costumava ser presa nos armários. Eu passei muito tempo da escola chorando nos banheiros”.

Até os 15, Anya estudou balé. Aos 17 foi descoberta como modelo por Sarah Doukas, fundadora da agência Storm Management. Ao assinar com a Storm, Anya deixou bem claro que a atuação era sua paixão e aquilo que ela almejava, e foi durante uma sessão de fotos promovendo a série Downton Abby que Anya foi descoberta pelo ator  Allen Leech, que interpreta o personagem Tom Branson na trama. Anya estava realizando pequenas tarefas enquanto recitava o poema “Digging”, de Séamus Heaney, para um próximo teste de tela.

Leech, mais tarde, apresentou Anya ao seu agente, que logo firmou acordo para sua carreira como atriz.

Anya Taylor-Joy em episódio da série Endeavour

A maioria de nós conheceu o rosto de Anya Taylor-Joy como a protagonista de A Bruxa, mas antes de despontar como Thomasin no filme de estreia de Robert Eggers, a atriz participou de alguns outros projetos menores.

Seu primeiro papel teria sido em Academia de Vampiros: O Beijo das Sombras (2014), baseada na série de livros de Richelle Mead, como uma personagem secundária chamada Feeder Girl, mas Anya acabou não sendo creditada na edição final do filme. No mesmo ano, porém, fez um episódio na segunda temporada da série Endeavour, como a personagem Philippa Collins-Davidson.

Anya Taylor-Joy como Cassandra, em Atlântida

Em 2015, ano de lançamento de A Bruxa em diversos festivais de cinema pelo Hemisfério Norte — mas antes da explosão de sucesso que o filme veio a ser mais tarde —, Anya se manteve trabalhando. Naquele ano, esteve no filme para TV A Jornada dos Vikings, como a personagem Mani, e também interpretou Cassandra, na série Atlântida, ao longo de seis episódios. 

Um capítulo especial: A Bruxa

Cena de A Bruxa

A Bruxa, de Robert Eggers, logo se tornou um filme muito comentado. Um sucesso de crítica e de público, o filme se tornou um dos favoritos dos fãs de horror das últimas décadas. Não era para menos: a atmosfera e a história sombria chamaram a atenção do público. Mas, para além disso, Anya Taylor-Joy se destacou no papel de Thomasin.

No filme, uma família de puritanos é expulsa da vila onde moravam e seguem em busca de um lugar novo para morar, encontrando um chalé isolado de frente para um bosque denso. Lá, eles imaginam que vão conseguir seguir adiante como família, mas tudo muda com o desaparecimento do bebê. Aos poucos, um turbilhão de culpa e sentimentos controversos atinge a todos, e sérias consequências atingirão o lar. 

O filme foi, sem dúvida, um divisor de águas na carreira de Anya. Não somente por ser seu primeiro filme de sucesso internacional e relevância tão grande, mas também por ter sido parte do que a formou como atriz.

Cena de A Bruxa

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Em entrevista para Variety, em 2021, a atriz disse que seu primeiro coração partido foi com A Bruxa: “Meu primeiro coração partido não foi com um relacionamento. Meu primeiro coração partido foi terminar meu primeiro trabalho [em A Bruxa], e experienciar essa perda. A perda de um mundo que existia com aquele grupo de pessoas, que se tornou meu tudo por um período de tempo, e acabou. Eu não tinha ideia de como lidar com isso”. 

Em 2022, para a Harper’s Bazar, Anya afirmou que seu crescimento como atriz se deu, principalmente, através das gravações de A Bruxa. Nessa mesma entrevista, a atriz conta que recusou um trabalho na Disney para permanecer no filme de Eggers: “(…) eu tive um pressentimento muito bom sobre A Bruxa que me fez querer abrir mão da experiência da Disney por aquilo que parecia desconhecido para mim, que parecia sagrado”.

Ficção científica, Shyamalan e Peaky Blinders

Cena do filme Morgan

Entre os anos de 2016 e 2019, Anya atuou em mais algumas produções de gênero, já construindo uma carreira digna de nota. Em 2016, esteve no filme de ficção científica Morgan, de Luke Scott. Contracenando ao lado de Kate Mara, Rose Leslie e Michelle Yeoh, Anya faz a personagem título, Morgan, um projeto científico desenvolvido a partir de nanotecnologia. No filme, uma enviada especial de contenção de riscos (Mara) é enviada ao laboratório porque esse ser artificial pode ser um problema para a companhia. 

Apesar de não ter sido bem recebido pela crítica e não ser muito lembrado pelos fãs, a atuação de Anya recebeu críticas positivas.

Anya Taylor-Joy em Fragmentado

Ainda em 2016, a atriz também esteve em Fragmentado, de M. Night Shyamalan, segunda parte da trilogia Unbreakable. Contracenando com James McAvoy, Anya faz o papel de Casey. No filme, um homem com diversas personalidades sequestra e mantém em cativeiro três jovens. Enquanto ninguém chega para salvá-las, Casey se esforça para fugir do local.

Anya Taylor-Joy retorna como Casey na terceira parte da trilogia. Lançado em 2019, o filme conta com os personagens de Corpo Fechado, David Dunn (Bruce Willis) e Elijah Price (Samuel L. Jackson), e também traz de volta McAvoy como Kevin.

O Segredo de Marrowbone

Antes de Vidro, Taylor-Joy esteve em O Segredo de Marrowbone (2017), ao lado de Mia Goth, George MacKay e Charlie Heaton. No filme, quatro irmãos precisam esconder a morte de sua mãe para que não sejam separados e enviados para famílias diferentes e se mudam para um local isolado, mas há uma estranha presença na casa em que escolhem para viver. Anya interpreta Allie, uma jovem que mora próxima a casa dos irmãos. O filme foi escrito e dirigido por Sergio G. Sánchez, roteirista de O Orfanato (2007). Apesar de não ter sido um sucesso de crítica, a atuação de Anya — e do restante do jovem elenco — chamou a atenção da audiência.

Ainda em 2017, a atriz protagonizou The Miniaturist, minissérie baseada no livro de Jessie Burton de mesmo nome, onde interpreta uma jovem que se muda para Amsterdã e recebe uma casa de bonecas de seu marido. Ao contratar os serviços de um miniaturista, entretanto, ela acaba percebendo que talvez as miniaturas estejam prevendo seu futuro.

Puro-Sangue

Puro-Sangue, também de 2017, contou com Olivia Cooke e Anya Taylor-Joy nos papéis de duas jovens que se mudam para o subúrbio de Connecticut e retornam uma amizade interrompida há anos. Mas, com essa proximidade, também surge um plano mirabolante para que elas resolvem alguns problemas em suas vidas. Primeiro filme dirigido por Cory Finley, foi também o último filme de Anton Yelchin.

Já em 2019, Anya esteve em quatro produções fora do gênero: a série O Cristal Encantado: A Era da Resistência, onde dublou a personagem Brea; Playmobil – O Filme, em que dublou a personagem Maria Brenner; Radioactive, filme biográfico de Marie Curie, onde interpretou a filha da cientista, a também cientista Irene; e seus primeiros episódios em Peaky Blinders, onde ficou até 2022 com a personagem Gina Gray

De 2020 aos dias de hoje

Anya Taylor-Joy e Mia Goth em Emma.

A década de 2020 começou muito bem para Anya Taylor-Joy. Apesar de não ter estado em muitos filmes de gênero naquele ano, 2020 lhe entregou, pelo menos, dois papéis muito grandes. Em fevereiro a atriz já estreou protagonista de Emma., de Autumn de Wilde, ao lado de Mia Goth. Na história, adaptada do romance de Jane Austen, Emma é uma jovem inglesa rica que tenta aconselhar e ajustar a vida de todos à sua volta. O filme foi muito elogiado, e a atriz recebeu a indicação a um Globo de Ouro por sua performance.

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Seu segundo maior papel no ano foi como Beth Harmon, a protagonista de O Gambito da Rainha, minissérie em 7 episódios da Netflix, que narra a história de uma jovem talentosa jogadora de xadrez que está lutando para chegar ao auge do ranking mundial.

O Gambito da Rainha

Ainda em 2020, Anya interpretou Jen no filme Here Are the Young Men e Illyana Rasputin em Os Novos Mutantes, baseado nos quadrinhos da Marvel. 

Em 2021, a atriz esteve ao lado de Thomasin McKenzie e Matt Smith no filme de Edgar Wright, Noite Passada no Soho. No filme, uma jovem estudante de moda encontra uma forma de voltar ao passado, para a década de 1960, mas acaba correndo sérios perigos ao ser perseguida por visões de algo terrível que aconteceu anos atrás.

Noite Passada em Soho

Em 2022 a atriz voltou a se encontrar com Robert Eggers, diretor com quem trabalhou em A Bruxa. Em O Homem do Norte, acompanhamos a saga de Amleth, que parte em busca de vingança contra seu tio, Fjölnir, em um épico levemente baseado na figura medieval lendária de Amleth — a mesma base que estudiosos afirmam ter sido usada por Shakespeare em Hamlet. Anya interpreta Olga, que afirma ser feiticeira e ajuda Amleth a cumprir seu destino e sua vingança. O filme contou ainda com Alexander Skarsgård, Nicole Kidman, Claes Bang, Ethan Hawke, Willem Dafoe e Björk no elenco.

O Homem do Norte

No segundo semestre de 2022, Anya fez sucesso com o filme de Mark Mylod, O Menu. Contracenando com Ralph Fiennes e Nicholas Hoult, Anya interpreta Margot, que acompanha um jovem conhecido a uma experiência gastronômica que acaba saindo do controle em determinado momento. Novamente, Anya é uma das peças centrais do filme e se destaca facilmente. 

Anya também esteve no filme Amsterdam, contracenando com Margot Robbie, Christian Bale, John David Washington e Andrea Riseborough. O filme teve uma curta passagem pelos cinemas, mas não chamou a atenção dos críticos.

O Menu

Não temos ainda muitas informações sobre os próximos trabalhos de Anya Taylor-Joy. Sabemos que a atriz fará a voz da Princesa Peach no novo filme animado do jogo de sucesso Super Mario Bros. O Filme, que estreia em 2023, e que interpretará Furiosa, no filme de mesmo nome, da personagem de Mad Max: Estrada da Fúria, previsto para 2024. Aparentemente, Anya também estará novamente com Robert Eggers na versão do diretor de Nosferatu, que foi anunciada há alguns anos, mas ainda não encontrou os meios necessários para ser feita.

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Qual seu filme favorito de Anya Taylor-Joy? 

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Acordo cedo todos os dias para passar o café e regar minhas plantas na fazenda. Aprecio o lado obscuro da arte e renovo meus pactos diariamente ao assistir filmes de terror. MACABRA™ - FEAR IS NATURAL.