Uma das maiores mentes por trás dos filmes de horror fantástico da atualidade é Guillermo Del Toro. cineasta precioso para os fãs do gênero, seus filmes percorrem temas familiares, e abordam perda, infância e solidão, ao mesmo tempo em que utiliza de alegorias para trabalhar esses sentimentos.
Um de seus primeiros sucessos foi Cronos, de 1993, que trabalha de forma original o mito do vampiro através de um antigo artefato. Mas, foi por filmes como O Labirinto do Fauno (2006), as adaptações para o cinema do quadrinho Hellboy, Hellboy (2004) e Hellboy II: O Exército Dourado (2008) e A Colina Escarlate, que ele ganhou espaço no mercado e, em 2018, ganhou um Oscar por A Forma da Água.
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Seu estilo é bastante característico. Del Toro trabalha de forma consistente com os elementos disponíveis no estilo gótico, como pode ser observado no já citado A Colina Escarlate, mas é com os elementos do fantástico e com todo o espírito e o sentimento e contexto latinos e espanhóis que Del Toro se dá melhor. Em O Labirinto do Fauno, acompanhamos a história de uma garotinha após a guerra civil espanhola. É durante a guerra civil espanhola também que se passa A Espinha do Diabo (2001), que acompanha a história de um garotinho em um orfanato.
Não por acaso, claro, que Del Toro tenha essa veia espanhola. O diretor nasceu em Guadalajara, no México, em 1964. Em uma entrevista ao Telegraph, Del Toro afirma que o que há de mais mexicano em seus filmes é ele próprio. O estilo de vida mexicano sobre a vida e a morte, afirma Del Toro, pode vir desde tempos antigos, dos Maias e dos Astecas, que aceitavam que o sangue derramado era algo natural.
En Casa con mis Monstruos
E Guadalajara, cidade natal do diretor, é agora sede de uma de suas exposições mais fantásticas: En Casa con mis Monstruos. Desde junho de 2019, no Museu de Artes da Universidade de Guadalajara (Museo de las Artes de la Universidad de Guadalajara – MUSA).
O Museu exibe mais de 900 objetos que serviram de inspiração e várias outras que auxiliam os processos criativos de Del Toro. Além disso, objetos pessoais, peças de vestuário e de cenário de suas obras também estão expostas.
O curador da exposição é Eugenio Caballero, designer de produção e diretor de arte da Cidade do México. Quem acompanha o trabalho do diretor consegue imaginar o quão incrível ela está.
Você pode ver mais imagens no instagram da exposição, @encasaconmismonstruos. Segue lá que é sucesso. E deixa um comentário #pleasecometobrazil. Vai que rola?