Scream queens, ou rainhas do grito, é um termo utilizado geralmente para descrever algumas das principais atrizes do terror. Em uma brincadeira com a frase screen queen (ou rainhas da tela), as scream queens estão presentes na história do gênero desde que ele começou. Fay Wray, Barbara Steele, Janet Leigh, são apenas alguns dos exemplos.
Para George Feltenstein, historiador de filmes e vice-presidente sênior da Warner Bros., “mulheres gritando em terror tem sido um dos pilares de Hollywood — mesmo quando os filmes eram mudos”. Isso combinava bem com a forma como a maioria das personagens femininas eram apresentadas ao público durante parte da história do cinema.
Entretanto, ao longo dos anos, mulheres passaram a assumir outros papéis, principalmente nos filmes de terror. Nos anos 1970, 1980 e 1990, surgiram as “final girls”, as garotas que sobreviviam nos filmes, lutavam bravamente até o final, e eram antagonistas diretas dos vilões. Marilyn Burns, Jamie Lee Curtis, Heather Langenkamp, e mais adiante Neve Campbell e Sarah Michelle Gellar, são algumas das mais proeminentes final girls do período.
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Atualmente, algumas atrizes têm se destacado nos papéis de scream queens, como Anya Taylor Joy, Taissa Farmiga e Emma Roberts. Seus papéis frequentes em filmes e séries de terror já garantiram a elas um lugarzinho de destaque na galeria de scream queens.
Uma das scream queens atuais que tem performado excelentes personagens e entregado papéis competentes, nos fazendo ansiar para descobrir o que fará em seguida, é Samara Weaving, que conquistou os corações dos fãs de terror com seus papéis em A Babá e Casamento Sangrento.
Filmografia
Weaving iniciou sua carreira como atriz na Austrália, seu país natal. Seus primeiros papéis foram em novelas de sucesso no país: Out of the Blue, de 2008, e Home and Away, de 2009 a 2013. Nesse meio tempo, a atriz também esteve em alguns curtas de realizadores locais.
Após Home and Away, Weaving foi para os Estados Unidos para encontrar novas oportunidades de trabalho, onde participou da primeira temporada de Ash vs Evil Dead, entre 2015 e 2016, como a personagem Heather. Na série, Heather e seus amigos estão acampando quando encontram a cabana amaldiçoada de Evil Dead.
Desde então, seus trabalhos em filmes e séries de gênero floresceram. Em 2016, Weaving fez o papel de Chloe, no filme Bad Girl, dirigido por Fin Edquist. No mesmo ano, foi Brianne na comédia de monstros Monster Trucks, de Chris Wedge.
Em 2017, a atriz estrelou em seu primeiro grande papel como Melanie, em Um Dia de Caos, Joe Lynch, no papel protagonista ao lado de Steven Yeun. No mesmo ano, Weaving viveu Penelope, em Três Anúncios para um Crime, de Martin McDonagh, papel que lhe rendeu alguns prêmios de Melhor Conjunto de Atuação, em premiações como Critics’ Choice Awards e Screen Actors Guild Awards.
Ainda em 2017, Weaving participou de um dos filmes que alavancou de vez sua carreira como scream queen. Em A Babá, o jovem Cole (Judah Lewis) tem uma queda por sua babá, Bee (Weaving), que tem todas as características que poderiam fazer uma babá popular: ela é engraçada, bonita, inteligente e divertida, além de andar com o pessoal descolado da escola. Certo dia, contrariando as regras do horário de dormir, Cole fica acordado até mais tarde e descobre, para sua grande surpresa, que Bee na verdade cultua Satã e é uma assassina a sangue frio.
O filme, dirigido por McG, que mescla terror e comédia, foi distribuído pela Netflix e acabou tendo um sucesso bastante razoável, principalmente entre os fãs do subgênero de slasher e comedy horror.
Em 2018, Weaving esteve na série Picnic at Hanging Rock, remake do filme clássico de 1975, em que três garotas desapareceram em um picnic nos anos 1900. A atriz assumiu o papel de Irma Leopold, e foi indicada em conjunto com o elenco ao prêmio Outstanding Performance by an Ensemble in a TV Movie or Miniseries, na premiação Equity Ensemble Awards.
Em 2019, a atriz brilhou em um dos filmes mais queridinhos dos últimos anos, Casamento Sangrento. No filme, Grace (Weaving) se casa com um jovem de uma família rica, mas não imaginava que, para entrar de vez na família, tinha que passar por uma estranha noite de jogos. Em uma escolha azarada, ao tirar o jogo esconde-esconde, Grace começa a ser caçada por todos os membros da família, que querem utilizá-la em um ritual satânico. Casamento Sangrento foi dirigido por Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett, e rendeu ainda mais atenção ao trabalho de Weaving.
Em Armas em Jogo, ainda em 2019, a atriz contracenou ao lado de Daniel Radcliffe, em um filme que une os gêneros de comédia, thriller e ação. No filme, Miles (Radcliffe) é um jovem sem muito sucesso na vida que gosta de importunar pessoas em chats online até que, um dia, uma estranha gangue vai atrás dele, forçando-o a lutar contra outros personagens de um jogo real para sobreviver. Sua rival principal é Nix (Weaving), que entrega uma personalidade bastante diferente de seus outros papéis até aquele momento.
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Em entrevista ao site InStyle, em 2020, Samara Weaving brincou afirmando que, em seus papéis atuais, está “cada vez menos coberta de sangue”. Naquele ano, Weaving esteve envolvida na sequência de A Babá, A Babá: Rainha da Morte, dirigido por McG; no filme spin-off de G.I. Joe, Snake Eyes, dirigido por Robert Schwentke; e no terceiro filme de Bill e Ted, Bill & Ted: Encare a Música, dirigido por Dean Parisot. Além disso, esteve na série Hollywood, de Ryan Murphy.
Seu trabalho mais recente é na série Nove Desconhecidos, baseada no livro de Liane Moriarty, no papel da influencer Jessica Chandler, ao lado de estrelas como Nicole Kidman e Melissa McCarthy.
Esperamos que Samara Weaving tenha uma longa carreira pela frente. Seus próximos trabalhos incluem The Valet, de Richard Wong; Chevalier, de Stephen Williams; e Babylon, de Damien Chazelle, ao lado de Margot Robbie, Brad Pitt e Olivia Wilde.
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